Demos as boas vindas a 2014 numa aldeia da Guarda, no sopé da Serra da Estrela. Guardamos um dos últimos dias do ano para subir à Torre e brincar na neve, conscientes de que lá em cima a metereologia pode trazer sempre novidades. Se no último domingo do ano nos tínhamos deliciado com o sol que nos aqueceu a apanha da azeitona, guardamos o dia seguinte para as brincadeiras na neve. Passeámos pela lindíssima estrada que nos leva desde Manteigas até ao topo da Serra e chegamos à Torre perto do final da manhã, já os raios de sol começavam a ser tímidos e a deixarem-se tapar por um nevoeiro denso a tornar ainda mais agreste o frio intenso.
Estávamos mais ou menos preparados para o frio e para o vento. Queríamos, apenas, deixar as crianças brincar nos trenós, atirar bolas de neve, construir bonecos. Lembrávamo-nos da boa experiência que conseguimos em janeiro de 2013 (na foto) e queríamos repetir. Mas os planos saíram quase furados, por causa de uma péssima experiência no único restaurante que tem as portas abertas na Torre.
Costumo, por norma, estar mais do que avisada de que os sítios de grande concentração turística não são propriamente aqueles onde encontramos a melhor relação qualidade/preço/serviço. Mas há limites para o abuso. E o que eu senti – eu, e o grupo de familiares e amigos que nos acompanhavam – foi mesmo isso: um abuso!
Vamos tolerar – e olhem que é dificil!! – ter-nos sido cobrado um balúrdio pela refeição. Da nota de 20 euros que entreguei, recebi dez cêntimos de troco. E estava a pagar um almoço para mim e para a Pikitim bem modesto: dois pratos de sopa, um prato de lombo assado com arroz (era um dos pratos do dia) e uma garrafa de sumo. Sem sobremesas, sem café. Um prato, duas sopas, um Compal. Vinte euros. Estamos conversados. Mas, dizia eu. Vamos tolerar isso – e lembrarmo-nos que em sítios que não há concorrência, é fácil a tentação de abusar.
Mas já não consigo tolerar que, cobrando estes preços, estivessem apenas três pessoas a trabalhar: uma a servir, uma na cozinha e outra a receber na caixa e a levantar os tabuleiros das mesas muito de vez em quando. Olhava para eles e via bem o quão extenuados estavam. Não posso dizer que eram lentos, mas já se tinham apercebido há muito que seis braços não chegavam para tanta demanda. Demorei 40 minutos na fila, só para me abeirar do buffet. Tivemos de limpar as mesas para nos conseguirmos sentar – ninguém recolhia dos tabuleiros e também não havia nenhum sinal a pedir aos clientes para o fazer. Ninguém o fazia. As mesas estavam sujas e assim ficavam. As crianças esperaram, e depois desesperaram. Sobretudo com o frio. Estavam gelados pelas brincadeiras na neve, e assim permaneceram. Depois de hora e meia no interior daquele restaurante, já não lhes apeteceu voltar a ir brincar para a neve. Estavam desconfortáveis, queriam regressar a casa.
Fiquei muito triste pela maneira como os portugueses e os turistas são tratados naquele que é, por excelência, o lugar emblemático na única estância de neve em Portugal. Não compreendo, nem aceito, esta impreparação e este desmazelo para lidar com os mais do que esperados picos de procura. Confrontámos um dos funcionários com a situação. Justificou-se com a ausência inesperada de um quarto elemento. E eu mantenho que nem com oito braços a experiência iria melhorar muito. Hei-de voltar à Torre, mas prefiro levar marmitas com a sopa quente. Triste, porque nem que haja vontade de impulsionar os nossos espaços turísticos, fomentar a economia, como estão sempre a apelar, nestes casos só dá vontade de fugir deles. É melhor ficar a ver apenas a paisagem. É para esquecer. Ou melhor. É para denunciar. Foi isso que resolvi fazer.
Também têm destas péssimas experiências para partilhar?
Ricardo Pires diz
Como praticante de snowboard (novato) que sou, foi com agrado que soube que este ano a estância de ski está mais “disponível” para o utilizador (cliente), com informações constantes em relação às pistas e aos acessos às mesmas. Talvez este ano vá pela primeira vez “snowboardar” à Serra da Estrela.
Como “pikitineiro”, ao ler esta notícia, tive um sentimento oposto, se bem que no que diz respeito a restauração nas estâncias, quando há apenas um local para o efeito, a qualidade/atendimento(/tudo) não é a melhor que se pode ter.
Gostava de partilhar este excerto na página de facebook da “Estância de Ski da Serra da Estrela”. May I? 🙂
Luísa Pinto diz
Olá Ricardo
Obrigada pelo comentário. Claro que pode partilhar. Queria só referir que o restaurante em causa não deve ter nada a ver com a estância de sky. É o único que existe na zona da Torre, por cima de um “centro comercial”.
vitor diz
ola estive a ver a vossa experiencia na serra bem fui mesmo uma aventura deixo um conselho de uma pessoa que esta o ano todo na Serra sempre que queiram comer comida boa e regional e não muito cara desloquem se sempre para a zona do sabugueiro tem es restaurante que aconselho ( https://www.facebook.com/mirantedaestrela) e se forem em sentido da Covilhã tem este que fica nas Penhas da Saúde (https://www.facebook.com/VarandaDaEstrela?fref=ts) vão ver que vão gostar . e para responder ao Ricardo do restaurante da Estância sim e do mesmo dono do restaurante da Torre . 🙂
Sílvia Silva diz
Também fui à Serra da Estrela este ano mostrar a neve às minha filhas. Fui na mesma altura que tu, não tive muita sorte porque apanhei muito nevoeiro e gelo, não havia um raio de sol e ainda tivemos chuva. Mas ao contrário de ti, tive a sorte de ter comido mais do que bem, no restaurante do Hotel Seia – Camelo. Um hotel modesto no centro de Seia mas com um restaurante cheio de simpatia e comida deliciosa, foi a melhor recordação das férias:D
Luísa Pinto diz
Pois, Silvia, acredito mesmo! Também já tive boas experiências fora da Torre! Mas acho terrível que “no” local em si se permitam a este desmazelo. É uma péssima imagem que deixam. Não me vou esquecer da imagem de dois franceses desesperados, a tentarem fazer-se entender, que não era arroz, que era batata cozida que queriam. E depois já não havia batata cozida, e espetaram-lhe com batata frita no prato, sem perguntar nada, e a sopa, afinal, já não estava quente… E eles só diziam, “c’est bon, c’est bon”. Na verdade, não queriam mais nada, só sair dali para fora.
António diz
Por mais grave que possa parecer a pessoa que gere esse restaurante na torre é a mesma que é este ano gere a estância…
Vera diz
OLá, queria só deixar aqui a minha opinião em relação ao Hotel Camelo e sobre o restaurante.
Aconselho vivamente a quem queira passar uns dia na neve que fique neste hotel, o serviço é muito bom e os preços bastante apelativos.
Infelizmente também caí na mesma experiência do restaurante mas paguei ainda mais com as sobremesas e sem sopas foram para os 30 € com o serviço igual, mas parecia que estava a comer restos :S Pergunto eu, é assim que queremos cativar e evoluir o nosso turismo??
Obrigado
Vidasdanossavida diz
É uma tristeza, de facto. O sitio só por si é assustador, se pensarmos nas outras estâncias e chalés restaurantes pela Europa fora, mas nunca lá tinha parado para comer, e já não o farei!! E quando vamos com miúdos e as coisas atrasam e complicam ainda é pior e podem estragar o esforço e o investimento de umas mini férias. Bjs
Claudia Diogo diz
Olá
Não querendo desculpar a fraca qualidade de serviço, só quero lembrar que a gestão desse tipo de estabelecimentos não é fácil por 2 motivos básicos:
1 – o movimento é muito sazonal e de difícil previsão. Só há clientes quando neva e nem assim é certo, logo não há capacidade para ter sempre a postos a mão-de-obra que se acha necessária para alturas de picos visto que nas outras alturas do ano estão a contar moscas
2 – (não tenho a certeza desta mas quase juro que é verdade) é extremamente difícil encontrar pessoas disponíveis para trabalhar na Torre pois os ordenados não serão os mais chorudos (como qq outro ordenado na restauração em Portugal e para pagarem ao pessoal claro que o dinheiro tem que ser bem cobrados aos clientes) que compense os gastos diários em combustível para chegar ao local de trabalho. Pelo menos eu não ia para lá com um ordenado mínimo…
O meu conselho é mesmo a marmita para aguentar umas horitas lá em cima e depois procurem um restaurante noutro local 🙂
Luísa Pinto diz
Olá Cláudia,
obrigada pelo seu comentário e os seus argumentos. Eu só recordo que não é preciso ser adivinho para saber que na passagem de ano há um pico de procura na Serra da Estrela, com ou sem neve. E o cliente já é “bem cobrado”, para usar a sua expressão. O serviço é que não se vê.
Beijinhos
Claudia Diogo diz
Pois…como comecei por dizer, nem tudo serve de desculpa. Podem é descer mais a serra, até ao Fundão e ir ao restaurante As Tilias 😉 e aproveitam para ir também á serra da Gardunha, se bem que essa tem mais encantos a partir da época das cerejeiras em flor
Joao diz
Cláudia Diogo. Das 2 uma, ou não és daí e realmente não sabes mesmo o que estas a dizer, ou és alguém daí a tentar defender o péssimo negocio, mal gerido e excessivamente cobrado aos clientes.
Carlos Figueiredo diz
Olá, eu, como dezenas de nós amantes da Serra da Estrela em geral e do BTT em particular, não fico surpreendido (bem pelo contrário) com os relatos de péssimas experiências em estabelecimentos comerciais de restauração como na Torre cujo negócio depende de dias ou fins de semana pontuais em alturas específicas do ano com um fluxo desmesurado de potenciais clientes a concentrar-se em duas ou três horas.
Neste como noutros casos a solução por vezes está a quinze/vinte minutos de distância que fazem a diferença de um dia de pesadelo para jamais repetir para um dia bem passado e com vontade de voltar a explorar o quanto antes.
Aí vai sugestão a 20 minutos:
* Restaurante Varanda da Estrela / Penhas da Saúde (Pratos principais : Arroz de Zimbro, Bacalhau com Queijo da Serra, Javali no forno)
Aí vão Sugestões a menos de 1 hora de distância de diversas de refeições para várias bolsas apenas com o denominador comum do vínculo de qualidade regional :
*Taberna do Ti Branquinho / Mondeguinho/Penhas Douradas (“Tasca de estrada” com umas Sandes de Presunto e Queijo espectaculares com Pão do Sabugueiro!) Preço único 2,5€ – Queijos da Serra diversos.
*Restaurante Alambique / Fundão (Pratos principais : Espetada Mista de vitela com gambas com arroz malandro de feijão, Pataniscas de bacalhau com arroz malandro de tomate). Preço médio c/ vinho 20/25€.
*Restaurante Mário / Alcaria (Fundão) (Pratos principais : Arroz de Carqueja, Panela no Forno. Requeijão com doce de cereja excelente)) Preço médio c/ vinho 20/25€.
*Restaurante O Albertino (Folgosinho/Gouveia) (Pratos únicos e servidos sequencialmente: Arroz de Cabidela de Coelho, Vitela Assada na brasa, Javali estufado, Leitão assado na brasa. Pão e enchidos óptimos, e um requeijão com doce de abóbora divinal ) Preço médio c/ vinho 15€.
*Restaurante do Museu do Pão / Seia (Pratos Principais : Açordas várias (claro!), Bacalhau à museu, Entrecosto com feijocas e grelos) Preço médio 20€
*Restaurante Vallécula / Valhelhas (Manteigas) (Pratos Principais : Alheira com Grelos, Feijocas estufadas com chouriço, Galo no Vinho com cogumelos. Papas de Carolo com mel e rosmaninho 5*** ) Preço médio 20/25€
* Restaurante o Camelo / Seia (Pratos Principais : Feijoada da Beira, Bacalhau com Broa ) Preço médio 15/20€
*Restaurante A Cidália ( Barracão-Guarda ) : Pratos Principais : Aba de Vitela Grelhada, Fígado Grelhado, Bacalhau Grelhado. Requeijão com Mel. ) Preço Médio 12/15€
*Restaurante A Colmeia (Galegos – Guarda ) : Pratos Principais : Bacalhau com broa e couve, filetes de polvo com arroz de couve, nacos de vitela com arroz de feijão.) Preço médio 20€
Disfrutem! 🙂
Luísa Pinto diz
Obrigada pelas dicas!
vanessa diz
Olá! Em pouco tempo descem até Manteigas de novo e no Restaurante Vale do Zêzere, a Familia Lopes aquece a alma e corações com os deliciosos pratos da Serra, incluindo as Típicas Feijocas,a preços que qualquer familia pode suportar! =)
Luísa Pinto diz
Já estou com fome, Vanessa!
Obrigada!
Vera diz
Para esclarecer, o Hotel em questão é o Camelo em Seia, e o restaurante o da Torre
Luísa Pinto diz
Pois. O Hotel não conheço. Quanto ao restaurante, estamos conversados.
Filipa Silva diz
Apesar de não concordar com os preços elevadíssimos que se praticam no restaurante referido, não nos podemos esquecer que eles estão afixados e mesmo que não estivessem devíamos perguntar sempre por eles. Falo por mim, porque o faço sempre para não ter essas “surpresas”. Quanto ao atendimento, não nos podemos esquecer também, que tal como nós esperamos pela abertura das estradas para subir à torre, os funcionários também lá estão, nas filas à espera… Logo, o que deviam preparar (de pratos, etc) às 8:00 da manhã passa a ter de ser só e apenas quando chegam, à mesma hora que os turistas… Sejamos compreensivos!!!
Luísa Pinto diz
Olá Filipa,
sim os preços estão afixados e eu não estou a reclamar que me senti enganada nesse aspecto. Não houve surpresas. Mas sublinho a péssima imagem que deixam a quem os visita. Acredite, Filipa, mesmo com toda a compreensão, eu continuo a ter uma certeza: não é uma inevitabilidade, não tem de ser assim.
Joao diz
Filipa Silva, ao contrario do que pensas eles nao tem de esperar para subir. muitos deles vivem na torre, e outros os que nao vivem, sobrem em carrinhas todo o terreno da vodafone ou ate em hummeres.
João Tilly diz
Vivem na Torre??? De que planeta veio?
Rui Costa diz
Restaurante “As Thermas” Unhais da Serra e Restaurante “Soadro do Zêszere em Valhelhas”, são de qualidade garantida na opinião, os melhores da região serrana e não muito caros.
Se se queixa da Torre, não vá ao “Lindeza” (Penhas da Saude) pois penso que vai suicidar-se de seguida. Nas Penhas, opte pelo Varanda da Estrela, sugiro-lhe o Arroz de Zimbro (que encontra na versão “..com cogumelos silvestres” no “As Thermas” em Unhais da Serra) ou para petiscar a Casa do Clube, também nas Penhas da Saúde.
Espero ter sido util.
Cumprimentos,
Rui Costa (autor do Arroz de Zimbro)
Ar diz
O relato não me surpreende. Deve ter sido o restaurante em que fui mais mal servida e por um preço exorbitante. Paguei cerca de 100 euros por 4 refeições quase frias que deixaram muito a desejar. Aprendi a lição. Mais vale levar um lanche e descer às Penhas, Covilhã ou outro sítio qualquer para almoçar, porque a pouca distância há óptimos restaurantes.
Do outro lado, embora um pouco mais longe, há o emblemático Albertino, em Folgosinho, onde há poucos anos por 12 euros se comiam vários pratos, entradas, sobremesas e ainda o famoso cheirinho ao balcão.
Patricia diz
http://www.visao.sapo.pt/sabores-serranos=f698936
Vitor Nunes diz
Olá!
Como forasteiro radicado na Covilhã há alguns anos, vejo sucessivamente estes abusos acontecerem. Não muito diferente de experiências que acontecem muitas vezes nas praias mais conhecidas, ou nos pontos turísticos mais conhecidos. Li há poucos dias um relato semelhante numa casa de fados, em Lisboa. De facto, não temos remédio! Temos vista curta e procuramos o lucro imediato… Mas o que mais me incomoda, é o facto de a maior parte das pessoas não conhecer a verdadeira “Serra”. Sítios tão deslumbrantes como desconhecidos, quase todos a poucos quilómetros da “Torre”. Valha-nos a Estância, que apesar de cara, tem mais qualidade. Mas olhe, não desanime… Aproveite muitas das boas dicas que aqui lhe foram dadas, e verá que a próxima experiência será melhor. Torre, Torre? Só mesmo para a neve 🙂
viriato diz
Se resolver descer a Serra em direcção à Covilhã encontra nas penhas da saúde e na varanda dos carqueijais um serviço de excelência embora o preço não seja o mais apelativo para as carteiras mais leves.. Recomenda-se também o Bar Casa do Clube nas penhas da saúde com um óptimo ambiente 🙂
Cátia Taborda diz
Boa Noite Luísa,
Se a experiência no restaurante da Torre não lhe agradou, experimente outros restaurantes na Serra da Estrela que não ficam a mais de 1 hora de distância! Ou então, como sugestão/alternativa leve a “marmita” de casa para o almoço o no final das brincadeiras na neve experimente os petiscos serranos na Casa do Clube, com um ambiente super agradável e uma lareira enorme para a aquecer. Garanto-lhe que o seu dia iria acabar de uma forma muito mais agradável e dessa forma querer voltar a repetir a experiência gastronómica!
Vera Figueiredo diz
Deixo aqui a minha sugestão em Loriga Casa da Fonte Sagrada ( AL) e Alojamento O Vicente ( AL) . Visite O Restaurante o Vicente, a 25 minutos da Torre , com uma gastronomia para todas as bolças , onde pode encontrar o cabrito assado no Forno , Bacalhau c/ Broa , Bacalhau à Fonte Sagrada . Preços médio 10 a 20€. A 800 metros do restaurante temos a Praia Fluvial com as suas águas cristalinas, que leslumbra qualquer um .
João Sardinha diz
Infelizmente, o monopólio instalado pela Turistrela (irmãos Costa Pais) fez com que ao longo dos anos a qualidade dos serviços nesta parte da serra fosse decaindo de forma acentuada devido à falta de concorrência, não só no que diz respeito à restauração mas a todos os nivéis. Nasci na vila do Paul, a sul do concelho da Covilhã, e tenho presenciado ao longo das décadas o abandono desta zona devido à gestão ruinosa de quem tem a serra como um simples capricho, sem desenvolver a única zona do país com uma estância de ski e um potencial turistico enorme. Aconselho sem dúvida quem sobe à Estrela a procurar, quer actividades quer uma boa refeição, na zona de Seia ou Manteigas ou a descer até à Covilhã, Paúl, Unhais da serra, etc, onde certamente serão muito melhor servidos e por um preço bastante acessivel, sem roubos oportunistas devido à simples localização isolada. Com 20€ podem por exemplo comer um bom cabrito, beber uma garrafa de bom vinho, tomar sobremesa e café e ainda sobra para os souvenirs… Nas mãos de um bom empreendedor a Torre e as Penhas da Saúde poderiam ser uma referência turistica exemplar para todo o país e continuar a crescer, mas nas mãos destes senhores, encher os hotéis no Natal e passagem de ano é mais que suficiente para cumprir os objectivos, e as condições jamais serão melhoradas. E como a neve cai todos os anos, até parece fácil gerir um negócio assim. Mas a serra não é só a Torre, há muito (mas mesmo muito) mais para conhecer e disfrutar. Boa sorte na próxima visita. Os serranos agradecem 🙂
João diz
Sr. João Sardinha, gostei muito do seu comentário, mostra conhecer a realidade serrana e sem ser regionalista na sua análise. Eu sou de Seia e nós do outro lado temos sido particularmente prejudicados pela situação que descreveu. Adicionalmente (ou talvez até propositadamente.. mas não vou levantar acusações sem provas) sempre que se quer fazer algo do lado de Seia, o parque natural chumba. Resta-nos o turismo rural e a esperança que o turista (particularmente os que vêm do norte) planeiem a viagem no google maps, porque se seguirem as placas na estrada nunca passarão por Seia nem lá perto (mesmo para quem vem do sul, se por acaso se enganar e vier pelo IP3, só encontrará uma única plana com o nome “Seia” e se algum dia acabarem o IC6 então desconfio que essa placa única irá desaparecer misteriosamente). Com tudo isto, desisti de ir “lá para cima” no Inverno, o Verão da Serra tem muito mais para oferecer e é uma estação ainda não controlada pela máfia que referiu.
Cumprimentos, e mais uma vez parabéns pelo seu comentário!
Oliveira diz
Eu nascido na serra da estrela e criado praticamente na serra e continuando a visitar permanentemente a serra, vejo aqui muitas pessoas a puxar a brasa a sua sardinha, esquecendo-se que para la da Torre ou Sabugueiro há muito mais serra e muito mais para visitar com mais beleza e bem estar. A subida para a serra por Gouveia é mais suave e deslumbrante e para visitar; o paraiso da serra Vale do Rossim
,Mondeguinho, Penhas Douradas, Sumo, Lagoacho, Erva da Fome,Fragão do Corvo,Vale das Éguas, Casa das Penhas Douradas edc. Só não há mais desenvolvimento porque os barões monopólios não deixam desenvolver por interesses para a sua própria região. Serra é de todos e deve ser para todos. Rua com estes ditadores que não deixam desenvolver a nossa região deixando fazer só do lado que lhes convem.
Filipe Roberto diz
Apenas para adicionar à excelente lista feita pelo Carlos Figueiredo, a zona de Unhais da Serra, onde se encontra o H2otel, e perto deste o restaurante “As Thermas”, onde de semana é possivel ter pratos do dia em conta, e à carta os preços variam, diria eu, entre os 18-25€ por pessoa. Aproveitem e façam uma das subidas que para mim é das mais belas da Serra (vale de Unhais). A estrada está em razoável estado e pelo meio tem um estradão de terra que requer alguma atenção, mas com cuidado faz-se bem. A evitar em alturas de muita neve (não é limpo). Excelente para quem tem um todo o terreno.
Pedro diz
Só lá vai quem não sabe mesmo. A localidade mais perto e muito mais em conta é Loriga. Uma terra lindíssima, com várias opções para almoçar/jantar. A 20 minutos da torre… Não se vão arrepender. ..
Manuel Filipe diz
É triste ouvir/ler estas palavras, mas compreendo perfeitamente. ha uns dias atrás também eu e a minha mulher fomos ver a grandiosidade que é a serra da estrela, sem ironia. Fui ao centro comercial na esperança de ir a casa de banho e sai de lá com dois queijos. esses queijos foram fruto da abordagem intensiva a que fui submetido por um dos comerciantes, compreendo, isto em tempos de crise… ” dois queijinhos amanteigados,prove lá e tal, para si e para o seu sogro..” conclusão trouxe os queijos e só quando cheguei a casa reparei que os dois queijos tinham passado de prazo há…. 4 meses. bem sei que devia ter reparado na data, mas nao existe minimo de controlo de qualidade?!, a asae deve sofrer de hipotermia pra subir a torre, deve ser isso. Ps. os queijos ja nao eram amanteigados, porque seria?
Rui diz
DA próxima vez que visitar a nossa linda Serra Da Estrela , planeie um almoço pela Varanda da Estrela descerá um pouco a Serra até as Penhas da Saúde, mas não se arrependerá de certo e será concerteza para repetir lá uma próxima refeição. Pessoal 5 estrelas assim como a nossa Serra, simpatia e boa comida é o prato do dia neste “cantinho” da nossa Serra. Já tive uma má experiência nesse mesmo restaurante da Torre e prometi não repetir para não me estragar metade do dia. Irá ver que após a refeição , com o quente que aqui se faz sentir as crianças ficarão com vontade de voltar ao frio e ás bolas de neve
Hélder diz
Triste a forma como tratam os turistas. Comigo aconteceu algo semelhante. Foi nas Penhascos da Saúde. Decidi levar a família brincar na neve. Estava um dia lindo. Com tanta brincadeira apareceu a fome. Fomos lanchar a um sítio, que desde já não recomendo, pois as tostas mistas custam €6.00 e são feitas em carcaças. Resultado paguei e continuei com fome.
Pedro diz
A qualidade de serviço na torre, é péssimo, mas pode encontrar na Covilhã preços muito convidativos, com comida tradicional e com muita qualidade!!
Luis Monte diz
Olá sou o Luis!
Nao sou pai, nao sou jornalista mas sou um Senense (Seia) com muito orgulho.
E é com tristeza que vejo esta sua exposição.
Contudo, talvez nada de novo ou que outras pessoas o digam. Com a “tristeza” da minha parte de ver a alegria dos “miudos” diminuir com toda a situaçao.
É real que é complicado ir trabalhar para aquele sitio, sitio esse que funciona apenas alguns meses do ano – e quando ha neve.
Mas nada é desculpa para mau atendimento.
Já os preços, é apenas uma politica que pode ser boa ou má – neste caso ruinosa.
Contudo, A Serra da Estrela tem imensos cantos e locais para se ver, descobrir e gozar.
Primeiro, pelo facto de o caminho mais perto para a Torre ser por Seia.
E aí tem varios locais de eleiçao para refeiçoes como o Hotel Camelo (já referido) mas Museu do Pao, Restaurante Borges, Quinta do Crestelo, Regional, entre outros.
Com optimo atendimento, simpatia e sabem acolher.
e nao precisa de procurar na internet. Basta parar e perguntar, pois certamente quem lhe “atender”, vai indicar o restaurante que gosta mais e será certamente bem atendido.
Falo de experiencia propria quando indico restaurantes a colegas meus que vao do Porto de proposito à Serra.
Mas nao é só Seia que tem optimos locais.
Varias Aldeias do conselho têm excelente serviço.
A aldeia mais alta de Portugal – Sabugueiro ou Loriga.
E diria que ficam a uns “passos” da Torre.
Ha locais para comer e alguns restaurantes que servem maravilhosamente bem – especialidades como Cabrito Assado, Truta ou Javali a preços bem convidativos.
É claro que quem está na Torre nao pensa descer e voltar a subir mas quem está de passagem e planeia ficar a manha ou a tarde, felizmente ha optimas ofertas a poucos km’s da Torre.
Tenho pena e espero que a si ou a outros nao aconteça o mesmo, mas deixo um “conselho”: informem-se com as pessoas da terra…
Seja em Seia, Sabugueiro ou outra qualquer do outro lado.
Tenho a certeza que qualquer pessoa lhe vai indicar o melhor caminho, o melhor restaurante, a melhor paisagem, o melhor local para comprar artigos da regiao.
O parar para perguntar deixou de ser método, mas acreditem que será sempre o melhor!
Mais uma vez, como Senense fico triste com tal situaçao mas espero que uma futura passagem possa englobar a cidade de Seia e que toda a sua passagem pela zona seja diferente, mais divertida, atractiva, saborosa e com vontade de poder voltar.
Obrigado
Luísa Pinto diz
Olá Luís, e olá a todos os que muito simpaticamente aqui me deixaram tantas e tão boas sugestões!
Fiquem descansados que eu não desisti da Serra, nem desisti da Torre! Eu conheço alguns dos sítios que me têm falado, e faltam-me conhecer muitos mais. Eu sou mais apologista de falar das coisas boas (jornalismo positivo) como o prova o meu mais recente projeto – Hotelandia – que ainda é um bebé, mas que eu gostaria que crescesse saudável e feliz. Já lá falamos, por exemplo, do H20 Hotel, ou da Casa das Penhas Douradas que aqui foram mencionados. Sei que há muita coisa boa em Portugal, e que podemos e devemos pedir meças com muitos países mundo fora. E isso são boas notícias.
Se decidi contar a nossa má experiência no restaurante da Torre foi, também, no sentido de alertar futuros visitantes e, quem sabe, contribuir para que as coisas mudem.
Mais uma vez, obrigada pelos vossos comentários e sugestões.
João Tilly diz
Almocem em Seia, Sabugueiro, ou Loriga. Têm dezenas de restauranstes ao v. Dispor e todos muito bons.
Filipe Alves diz
Sou cozinheiro, e tudo o que se fala de ser sazonal não desculpa, basta ter um menu curto, rápido, sopa, comida de tacho(ensopados, estufados), torradas, sandes(no pão da serra, aquele queijo, enchidos da região) ter acordos com produtores locaiscustos baixos, e ter um mínimo de produção seg a quinta, sexta sáb e dom ter bastante, sobretudo com neve ou festa na região ou passagem de ano. Com tudo a jeito, 3 pessoas fazem muito, e depois é por sinais para os tabuleiros serem arrumados pelos clientes, loiça descartável talvez, bolos secos e chá para lanches rápidos etc. Quem quer, faz acontecer. Caramba, estou na Noruega com a minha esposa e só penso na nossa riqueza gastronômica(come-se bem pior aqui) que tristeza, que DESPERDÍCIO QUE E A NOSSA HOTELARIA! E isto acontece em tantos outros lugares Portugal fora…
Paulo Freitas diz
Boas
Estive hoje no restaurante Lindeza e senti-me incomodado com o que me cobraram.
Eu e a minha esposa pagamos 63.50 € por duas refeições com sobremesa e café, sem vinho.
Acho que muitissimo caro e abusivo o que nos cobraram, a não repetir.
E contrapartida ontem almocei em manteigas no restaurante Santa Luzia e foi simplesmente magnifico.
Comemos praticamnete as mesmas coisas e pagamos 34 € – recomendo
Volt Ampere diz
Igualzinho… porque nao deixam a critica no trypadvisor
http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g189145-d6404943-Reviews-Desportos_Lindeza-Covilha_Castelo_Branco_District_Central_Portugal.html
Ana Pereira diz
Tenho estado a ler estes comentários acerca da restauração na Serra, e são de facto tristes, até porque já nos aconteceu ficarmos presos na neve nas Penhas da Saúde e fomos ao Lindeza pedir que nos vendessem meia dúzia de ovos ao dobro do preço normal assim como tudo o resto. Não são todos os locais assim, mas é uma pena quando abusam dos que lá vão. Aconselho a Casa do Clube.
Por outro lado, e tirando o caso do hotel, faz-me muita confusão como é que o aluguer de casas não é fiscalizado, a começar pelos pagamentos em dinheiro, nunca declarados e pela falta de condições das habitações, em 10 anos de procura de casas nas Penhas da Saúde, acho que vi uma vez um extintor, e cheguei ao ponto de na Varanda da Estrela faltar uma cama ao que foi anunciado, e dizerem-me que estava um colchão debaixo de outra cama e que se quisesse a fizesse, a lareira também não tinha lenha, porque disseram que era cara e custava a carregar, e as 2 casas de banho afinal eram uma completa e um chuveiro numa sala à parte. Senti-me completamente enganada, mas sem poder voltar para trás , não há nada a fazer.
É uma pena que os proprietários não queiram investir em apresentar condições a quem os procura, até porque estes são quem lhes paga. E é uma pena não se ver interesse em alterar as coisas.
cruz lila diz
Esta semana fomos re-visitar a Torre,na Serra da Estrela. Decidimos almoçar no único restaurante na torre, éramos 4 adultos. Recepção fraquíssima ,comida mal cozinhada (bacalhau à lagareiro) meio cru, um frio terrível na sala do restaurante (disseram que o fogão de sala estava avariado). Quando saímos de lá estávamos gelados. No fim uma conta de 96 euros,por 4 pratos de bacalhau ,uma garrafa de vinho da casa,uma de agua de nascente e 3 cafés. Foi mesmo abusar. Nunca mais lá volto.
Paulo Gomes diz
Tendo em conta a refeição e o local, a melhor frase para descrever a experiencia gastronomica no “A Torre” é:
Fui roubado!!!!!
… e note-se que não me aborrece pagar bem para ter uma boa refeição e/ou para poder usufruir de um bom espaço – “A Torre” não proporciona nem um, nem outro!!!!
Podem ter certeza que nunca mais lá voltarei!!
Paulo Gomes diz
Ahh, outra coisa… o restaurante “A Torre” não consta no Tripadvisor mas já fiz uma avaliação e pedi para o adicionarem à lista de restaurantes.
Cristina diz
Fomos passear à Guarda , e depois achamos que no dia seguinte antes de regressar a casa poderiamos ir à Serra da Estrela e lá fomos nós , eu o meu marido e a nossa filha, quando chegamos às Penhas da Saú decidimos almoçar lá e depois ir à torre. Certo é q nos trataram da saúde sim pagamos os 3 por um bitoque + uma vitela estufada e entrecosto grelhado 68,00 euros ( Bitoque 18 euros ,Vitela 14 euros e entrceosto também , acham normal?) Eu nem queria acreditar ,tive a nítida senssação de além de estar a ser roubada ás descaradas no restaurante Lindeza , estava a ser tratada que nem uma “camela ” no deserto a pagar por um copo de água.
Uma vez por eengano , numca mais lá vamos e vamos recomendar a todos para não irem lá .
macwintech diz
Olá Filipa,
sim os preços estão afixados e eu não estou a reclamar que me senti enganada nesse aspecto. Não houve surpresas. Mas sublinho a péssima imagem que deixam a quem os visita. Acredite, Filipa, mesmo com toda a compreensão, eu continuo a ter uma certeza: não é uma inevitabilidade, não tem de ser assim.
Rui Ribeiro diz
Estive uns 4 dias em Manteigas, e fiquei com a ideia que na Serra da Estrela é mesmo para esfolar o turista. Os preços não são convidativos, consistentemente come-se mal, querem meter queijo da serra em todo o tipo de pratos, e o cardápio de sobremesas deixa muito a desejar.
Descemos pela estrada nacional e matamos a barriga de misérias com uma boa feijoada à transmontana, um bom lombo de porco assado e dois pudins.
Os queijos, mel e presunto vendido em (quase) toda a região da Serra da Estrela, e na torre, são também de extrema fraca qualidade.
É pena uma toda região tão bonita e com um grande potencial turístico, estar-se a orientar na sua maior parte para esfolar o visitante.
Há claras excepções, como o pequeno/grande hotel onde ficamos, mas como português e não turista estrangeiro, senti na pele que é a excepção e não a regra nessa zona.
Nem no Algarve, que tem a fama de ser explorador, me senti tão enganado e comi assim (tão mal). No Algarve posso pagar bem, e comer bem, mas nesta zona, paga-se bem e come-se (muito) mal.
Rui Ribeiro diz
Perdão, escapou-me algo, matamos a barriga de misérias na Covilhã.