O Tiago vai fazer um ano. Já. Ouch. Tenho de dizer esta frase devagar, escrevê-la devagar, para acreditar. Sim, sei que isto acontece com todos. Não é, sequer a primeira vez que acontece comigo. Mas às vezes o tempo passa a tal velocidade que chega a ser sufocante. E às vezes andamos tão distraídos, à volta com o nosso mundo, e o mundo a dar a volta connosco, que nem nos damos conta do tempo a passar. O Tiago vai fazer um ano. A viagem da Pikitim terminou há quase quatro. Eu dei a volta ao mundo, e quatro anos depois, regressei ao mesmo posto de trabalho de que saí. Sim, o mundo dá muitas voltas. E o mais importante é que estejamos felizes com elas.
Não costumo usar este blogue como Diário, agora que as viagens são mais intermitentes. À excepção da grande viagem da maternidade, que, essa sim, e felizmente, não é dada a intermitências. Mas eu própria quero cá voltar, e meter esta página solta num diário que ainda tem muitas páginas já vividas por contar- e que tem muitas, muitas, muitas mais para viver. E escrever.
Do primeiro ano de vida do Tiago vou guardar com carinho a experiência que tivemos na Helen Doron, durante seis meses (sim, que houve intervalo para férias, e ninguém tem aulas em Agosto) A experiência só durou meio ano, mas o impacto vai durar a vida toda. Ele agora já delira com o “Doidas, doidas, doidas andam as galinhas”, mas antes disso já delirava com o “wave with this hand, wave with your other hand”. Mas a que tem mais sucesso mesmo é a Drumming Song. Porque será?
As aulas não se resumem às musicas, mas é mais fácil descrever o entusiasmo infantil – tanto no bebé, que entrou na escola a primeira vez com apenas três meses de idade, como com a irmã mais velha, agora quase com nove anos – quando recordamos as rimas que lhes proporcionam tanto vocabulário e os incitam à imaginação. Abençoado Suzuki que inventou o método com a aprendizagem de música, sábia Helen Doron que adoptou os progressos na aprendizagem de línguas. É como aprender em viagem – custa menos do que nos bancos de escola. A brincar é que a gente se entende. E aprende.
E agora vou voltar a segurar a barriga e pensar: um ano de Tiago. Já? Ouch.
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