Ou que eu já desconfiava e que pude confirmar.
São items aleatórios, listados sem qualquer ordem de importância. Mas que foram, todos eles, pequenas grandes lições de vida, experimentadas na pele. É uma pequena brincadeira, que escrevi de uma penada. Mas que, acredito, vale a pena partilhar. São 50 coisas. Podiam ser 100. Ou 150.
- O mais importante de viajar é o movimento, o percurso, não o destino.
- Uma folha de papel e um lápis são a melhor maneira de uma criança fazer um amigo.
- Há muitas línguas no mundo; o sorriso e as crianças falam-nas todas.
- Se não consegues carregar a tua mochila é porque tens lá coisas a mais.
- Não importa o número de pores do sol a que já assististe, vale sempre a pena abrandar o ritmo, e apreciar mais um.
- As crianças podem fazer birras em todo o lado. Mas é sempre mais agradável passar por isso num lugar exótico e desconhecido.
- Muitas das coisas “imperdíveis” podem ser, afinal, perda de tempo. Não perdes nada se te recusares a estar duas horas na fila de um elevador para subir às Petronas, em Kuala Lumpur.
- O que não te mata faz-te, mesmo, mais forte.
- A melhor maneira de conhecer uma cidade, uma aldeia, uma vila, é caminhando. A andar a pé e de transportes públicos.
- É mesmo muito importante saber negociar – e ter alguma paciência para isso.
- Confia no teu instinto – e no pediatra que melhor conhece a criança também.
- Não vais precisar de roupa passada a ferro. Mas dá jeito saber lavar a roupa – pelo menos a interior.
- Nenhuma criança se aborrece se tiver oportunidade de parar um pouco, sentar-se a fazer um desenho. E a ver passar.
- Há leite com chocolate em todas as partes do mundo. Nem sempre há natas, nem sempre há manteiga.
- As coisas interessantes não estão todas nos guias. Os guias não sabem tudo e às vezes enganam-se.
- Fala sempre com outros viajantes. Aprende-se mais do que se andar a pesquisar sites e mais sites, ou a ler guias e mais guias.
- Andar de barco é fixe. Nos grandes, nos pequenos, nos ferries.
- Os melhores brinquedos não vêm em qualquer embalagens de papel ou plástico. São aqueles que fazemos com as nossas próprias mãos. São os que nos mantêm entretidos durante mais tempo
- As crianças aguentam uma caminhada, uma noitada, uma viagem mais longa. Aguentam. Mesmo.
- Deves fazer registos diários. Uma frase, uma foto, um desenho. Pôr a data. Ficaremos muito felizes quando estivermos a tentar retomar o fio à meada.
- Os macacos não são fofinhos. Aliás, eles não são nada de confiança.
- Um baralho de cartas vai dar horas e horas e horas de entretenimento. E vai permitir fazer um bom punhado de amigos.
- Os cães em Samoa não são de brincar.
- Vale a pena investir num par de legítimas havaianas porque as imitações não duram nada- desde que não as percas logo ao segundo dia, porque as deixas à entrada da casa ambulante, vulgo, autocaravana.
- Pedir, com insistência, para a comida ser no spicy and no hot não quer dizer que não venha picante à mesma. Mas haverá sempre um taça de plain rice à nossa espera…
- Lá por andares na estrada e te sentires um nómada não quer dizer que te possas dar ao luxo de ser porquinho, e dispensar rituais de higiene;
- Deves andar sempre com papel higiénico – ou lenços de papel; ou toalhetes.
- O mundo é mais pequeno do que o que tu julgas. As pessoas são mais parecidas contigo do que imaginavas.
- Andar pelas ruas a apreciar street art pode ser tão recompensador como visitar um museu. E é bem mais barato.
- Andar com iphones, computadores e equipamento fotográfico caro é compatível com dormir em pousadas que cobram dez dólares por noite.
- Um sarong é mesmo a peça mais versátil que pode existir.
- Fazer sempre um seguro de viagem. E que a melhor notícia seja não precisarmos dele.
- Devemos respeitar sempre, mas sempre, os mais velhos. Em todas as culturas.
- Dá sempre jeito pesquisar as leis locais. Na Tailândia uma criança pode andar de scooter em qualquer posição, até sem capacete. Nas Cook, podem andar atrás e sem capacete, mas não podem nunca andar à frente, no meio das pernas dos pais.
- Custa muito menos esperar duas horas por um barco no cais do que esperar dez minutos numa fila de trânsito matinal.
- Carrega sempre bolachas contigo. Nos aviões, comboios, aeroportos, carros.
- Independentemente da crença, ou da falta dela, temos de respeitar a cultura que nos acolhe. Nós somos convidados.
- As baratas são horríveis e nojentas. Mas também são inofensivas, não querem nada contigo. Os lagartos podem não ser bonitos de se ver. Mas, afinal, são úteis: hão-de comer os insectos e os mosquitos que nos iam picar de noite.
- Sacos ziplock e pequenos tupperwares são tão importantes na bagagem como a pasta dos dentes.
- Na Ásia não podes esperar que os carros parem para tu atravessares; ensina a criança a dar-te a mão e a manter o ritmo firme.
- Deves comer menos coisas que vêm em sacos plásticos e mais coisas que nascem das árvores.
- Na Ásia anda sempre com Tigerbalm. Na Áustralia, Nova Zelândia, Pacifico usa Tea Tree Oil para tudo. São as “mezinhas” farmacêuticas mais amigas do homem e mais inimigas de picadas, comichões, inflamações e até infecções.
- Devemos aceitar a bebida que nos é oferecida por um local. Nunca se sabe se não te estás a sentar à mesa do patriarca de um clã num ilha do Pacifico;
- Nos aviões é aconselhável não ir à casa de banho quando estamos só de meias.
- Dá muito jeito andar sempre com elásticos para o cabelo no pulso. Podem ter utilidades inusitadas.
- Não se deve tocar na cabeça das crianças na Ásia, por mais fofinhas que elas sejam.
- Calma: lá por não escreveres no facebook ou não postares a foto no Instagram, não quer dizer que a experiência não tenha acontecido.
- Não tens de pagar um barbaridade para ter o video de um salto de skydive. Irias rever o vídeo poucas vezes – e a sensação que tiveste no corpo não vem lá metida.
- Os minis sewing kits dão muito jeito.
- Não é sempre tudo uma maravilha.
Ines diz
Olá Luísa! Tb eu ando a planear uma viagem à volta ao mundo, que seguro de viagem/saúde fez com a Pikitim?
Vejo muitos blogs a aconselhar o WorldNomads, usou esse?
Obrigada pela resposta!!
Ines
Luísa Pinto diz
Que maravilha, Inês! Já estamos com saudades de planear uma viagem! 🙂
De facto, a World Nomads é a melhor que eu conheço. Temos boas experiências. Veja, por exemplo, este post que escreveu o pai da Pikitim.
http://www.fmgomes.com/seguro-viagem-world-nomads/
Quando partem? Se puder ajudar em alguma coisa, é só dizer…
Beijinhos e boa viagem
Luisa