7 atividades que as crianças vão adorar no deserto da Austrália

Da próxima vez que pensarem em deserto, não se limitem a imaginar as dunas de areia que dançam ao sabor do vento no Saara. Mas, sobretudo, não se atrevam a pensar que num deserto não há vida, nem há nada para fazer com uma criança. É mentira.

Vou falar-vos da nossa experiência no deserto australiano.

A Austrália não é um país – é um continente que demora meses, senão anos, a percorrer e a conhecer. Na nossa volta ao mundo em família “só” alocamos três semanas a este país continente, e, por isso, precisamos de escolher um cantinho muito pequenino no mapa. E apesar de as primeiras imagens que nos assaltam quando pensamos em Austrália serem, talvez, as da ópera de Sydney, o diabo da Tasmânia, a pedra de Uluru, em Ayers Rock, ou a grande Barreira de Coral, nós decidimos apontar exatamente para “o outro lado”, e para a costa menos povoada.

Toda a Austrália é subpopulada, sobretudo tendo em conta os parâmetros europeus, mas no caso da Austrália Ocidental o caso é ainda mais evidente: com 2600 milhões de quilómetros quadrados (ou seja, eram precisos 30 retângulos do tamanho de Portugal para ocupar uma área desta), toda a região tem pouco mais de 2,4 milhões de habitantes.

Aterramos em Perth, a capital daquela gigantesca região, e preparamo-nos para enfrentar o “deserto” na nossa autocaravana. Queríamos ir a Exmouth, ver o recife de Ningaloo – que, para muitos entendidos, é ainda mais rico, diversificado e acessível do que a Grande Barreira de Coral. Talvez esteja também mais preservado porque tem muito menos turistas. É que desde a capital, é preciso fazer um percurso de mais 2000 quilómetros quase sempre em zonas desérticas.

Acham que é um programa entediante, sobretudo para ser feito com crianças?

A Pikitim não achou.