Desde 1982 que o dia 29 de abril é assinalado como o Dia Internacional da Dança. A par do teatro e da música, a dança ocupa um importante lugar nas artes de palco e, em muitos casos, ajuda-nos a conhecer melhor um país. Em Bali, na Indonésia, um das manifestações culturais mais relevantes é a dança do Legong, um espectáculo que deixou a Pikitim boquiaberta. Não porque tivesse percebido o enredo: misturava lendas pagãs e mitos religiosos, a dança do guerreiro Baris e a dança de boas vindas de Panyembrahma, metia dragões e “esta menina só pode ser a princesa”.
Mas, como tinha um menino e uma menina, “só podia ser uma história de amor”.
A Pikitim não percebeu propriamente o enredo, mas deixou-se surpreender, e muito, com o esforço que a dança Legong implica. Como é que não abrem nem fecham os olhos? Como é que conseguem fazer tremer as mãos daquela maneira? Eram muitas perguntas, mas a verdade é que estava pouco preocupada com as respostas. Foram mais de duas horas de espectáculo, à noite. Poderia ser maçador para uma criança – há adultos que se queixam da cadência repetitiva da orquestra do Gamelão. Mas a verdade é que o esforço, e o talento é reconhecido até por uma criança de cinco anos.
A boca abria-se, realmente, de espanto
Espectáculo findo, andou dias a tentar imitar as bailarinas, e a arregalar os olhos e a tentar fazer tremer os dedos das mãoes. Uns dias depois fomos assitir aos ensaios ddas crianças, que decorrem todos os domingos de manhã no museu ARMA, em Ubud. E o seu espanto aumentou.
A dança do Legong em Bali acabou por ser um dos pontos altos da nossa estadia em Ubud, Bali. Houve outros, claro, facilitados pelo facto de termos passado uma longa estadia naquela ilha indonésia. É fácil apaixonarmo-nos por Bali, e a sua cultura foi uma das que mais marcou a Pikitim. Dois anos volvidos, recorda-se bem do dia em que pintou o sarong mais bonito do mundo, e, claro, do desfile dos Ogoh-ogoh e do interminável Dia do Silêncio.
Sim, fomos muito felizes em Bali.
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