É uma das características mais marcantes de Samoa, um arquipélago perdido no meio do Pacífico: uma grande parte das casas não têm paredes. Estão ligeiramente elevadas do solo, são delimitadas com um pequeno varandim, e têm pesados toldos que à noite se soltam dos telhados – a maior parte das vezes feitos em colmo – para proteger a casa das brisas nocturnas.
As fale, assim se chamam estas habitações, estão espalhadas pelas duas ilhas que compõem o arquipélago. E não estão lá para servir só os visitantes que, invariavelmente, se deliciam com a possibilidade de dormir num relento controlado, tão próximos das estrelas e da natureza. Estas casas são, ainda, o tipo de alojamento de uma grande parte dos habitantes do país, como podemos constatar durante a viagem de autocarro em que atravessamos uma parte de Opulo, a ilha principal do arquipélago.
A nossa fale, em Lalomano, estava situada em plena praia, pelo que dormimos embalados pelo doce marulhar. Foi um dos aspectos mais marcantes desta passagem pelo país, onde, pela primeira vez, houve problemas de saúde a condicionar os nossos planos.
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