Foi num passeio na selva que fizemos durante a estadia em Port Vila, a capital de Vanuatu. De catana nas mãos e sorriso nos lábios, Henry mostrou-nos os trilhos selvagens que os habitantes das aldeias mais a sul da ilha de Efaté usam para se deslocar até à capital. Foi preciso destreza e algum equilibrismo, foi preciso afastarmo-nos de todo o tipo de vegetação e trepar pedras mais ou menos escorregadias. A Pikitim andou sempre muito entusiasmada, e deixava-se ajudar pelo diligente Henry, que transformava o seu braço livre numa cadeira onde ela se empoleirava, trilho fora.
Henry mostrou-lhe muitas coisas. Entre elas o guarda chuva que toda a gente usa na ilha quando o céu se desfaz em água: uma folha de Taro, o tubérculo que usam como base na alimentação. Henry cortou-lhe uma folha de taro selvagem para ela experimentar como guarda-chuva. “Funciona mesmo! Mas é tão pesado!”
Durante o caminho até à aldeia de Etas, a Pikitim aprendeu que há plantas medicinais que servem para aliviar a picada de mosquitos, e outras que ajudam a cicatrizar as feridas. “Eles andam sempre com facas. Podem cortar-se muitas vezes”, reparou a Pikitim. E experimentou muita comida pela caminho. Mangas e papaias, cana de açúcar, cocos. “Que delícia!”
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