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Você está aqui: Home / Famílias Vagamundos / Família VagaMundos #5: Cláudia Rodrigues

Família VagaMundos #5: Cláudia Rodrigues

07.Jun.2013 By Luísa Pinto 1 comentário

Tropecei no blog do Felipe, o Pequeno Viajante quando andava a preparar a nossa viagem. E procurei lê-lo todo, para perceber como tinha sido a aventura de partir para uma viagem de volta ao mundo com um bebé que ainda não tinha feito dois anos. Acabamos por trocar alguns e-mails. O melhor de tudo foi o acaso de conhecê-los pessoalmente na Nova Zelândia, quando nos cruzamos nas casas de banho de um parque de campismo do lago Tekapo, na Nova Zelândia. Como a Claudia comentou num post, “este mundo é mesmo Pikitim!”
A Claudia, o Peg e o Lipe tinham de ser os meus primeiros convidados, entre as famílias viajantes do outro lado do Atlântico, a virem aqui contar as suas histórias. Desta vez com respostas escritas em português do Brasil.

Cláudia Pegoraro

  • Idade 36 anos
  • Profissão Promotora de Justiça
  • nº de filhos 1
  • idades 4 (acabados de fazer)
  • Destino de sonho continente africano, Balcãs, Alaska, Tibet, Butão, Sri Lanka, Filipinas, México (quer que continue?)
  • Filme preferido Comer, Orar, Amar
  • Livro de viagem preferido The Travel Book, Lonely Planet
  • blog/site www.felipeopequenoviajante.blogspot.com

filipe em prambanam 2

Quando te falam em viajar com crianças, qual é a primeira coisa que te vem à cabeça?

Diversão! Depois que começamos a viajar com o Felipe, percebemos que as viagens com ele são muito mais divertidas (e cansativas também, é claro! mas vale cada minuto!). Nas poucas viagens em que não nos acompanhou, sentimos muita falta dele – cada lugar diferente que víamos pensávamos como seria legal mostrar aquilo a ele, como seria bom estar com ele ali. Viajar sem ele não tem mais graça: descobrimos que não há nada melhor que ver o mundo através dos olhinhos brilhantes do pequeno!

 O que achas que é o melhor de viajar com os filhos?

Poder mostrar o mundo para eles! É inebriante a sensação que sentimos ao ver o filho descobrindo novos idiomas, novas frutas, novos amigos, novos lugares. E também o simples fato de passar o dia todo juntos, aproveitando a vida “em família”, coisa que, em casa, quando estamos vivendo a nossa rotina de trabalho, correria, stress, a gente não faz: passar bons momentos juntos, se conhecendo melhor, se descobrindo…

E o pior? Ou o mais difícil?

O mais difícil, com certeza, é não ter a ajuda de ninguém! Numa viagem, é só a mamãe e o papai dividindo as tarefas 24hs por dia. Não tem ajuda da vovó, não tem escola, não tem babá. A gente chega ao hotel de noite, cansados (quase sempre exaustos, para ser franca!), depois de passar o dia batendo perna, e ainda tem que lavar a roupa, dar banho, dar leite, fazer dormir, e tudo isso antes de podermos, nós mesmos, tomar aquele sonhado banho e descansar!

Qual foi a primeira viagem que fizeste com os teus filhos? Tinham que idades?

A primeira “pequena” viagem foi até Punta del Este e Montevidéu, no Uruguai, com menos de 1 mês. Depois, a nossa primeira “grande” viagem, aquela em que saímos da nossa zona de conforto, foi aos Estados Unidos e Canadá, quando o Felipe tinha 3 meses. Alugamos um carro em New York e fomos até o Canadá e voltamos, para passar mais uma semana na Big Apple: foi a nossa prova de fogo, e deu tudo certo! Depois disso, vimos como era fácil viajar com crianças na bagagem, e desde então o Lipe ganhou o mundo connosco! Contamos tudo num post sobre a primeira viagem do pequeno viajante.

As viagens são programadas com muita antecedência? Quais são as prioridades e as preocupações tidas em conta no planeamento?

Não! A gente bem que tenta planear (aliás, estamos eternamente planeando viagens!), mas na hora acabamos mudando tudo. Já nos conformamos com o fato de que não conseguimos ser muito fiéis a roteiros. Escolhemos o destino, compramos as passagens com a maior antecedência possível para conseguir bons preços, e estudamos bastante sobre as possibilidades que o lugar oferece. Mas não fazemos reservas de hotéis ou de passeios, por exemplo, com antecedência, porque não gostamos de ficar muito “amarrados”. Preferimos ir planeando e reservando conforme a viagem vai se desenrolando, no ritmo do Felipe, sem atropelos, ficando mais tempo nos lugares que nos agradam e zarpando logo daqueles que nos desagradam!

A nossa prioridade é fazer as coisas no ritmo do Lipe, fazer passeios que agradem a ele (pracinhas e zoos!) e, claro, ter sempre um bom seguro de saúde! Outra recomendação interessante é sempre verificar quais são as vacinas necessárias nos lugares que você pretende visitar.

Já viveste algum susto, já houve algum contratempo em viagem?

Muitos! Já passamos muitos perrengues por aí! Mas sem eles também não teria graça, não é? No final, esses sustos viram apenas histórias para contar! Quando viajávamos sem o Felipe, os contratempos eram maiores, pois éramos certamente mais despreocupados (e descuidados!). Num trem chinês, por exemplo, na fronteira com o Vietnam, quase fomos presos porque portávamos um guia de turismo que apresentava o Tibet como um país independente da China, e Formosa como capital de Taiwan! Viajamos durante 5 meses com o Felipe pela Ásia, e pegamos a época das monções, então houve muito banho de chuva, ao ponto em que ficamos alagados, no meio de uma enxurrada, na chegada a Agra, na Índia, dentro de um riquixá, com todas as nossas mochilas! Em outra ocasião, estávamos em Londres no dia do casamento do príncipe, também com o Felipe, e haviam MILHÕES de pessoas nas ruas! Era até meio assustador andar com um carrinho de bebê no meio daquela multidão!

Também já passamos por um terremoto em Jakarta, na Indonésia, um trem russo em que íamos embarcar se acidentou pouco antes do nosso embarque, durante a nossa viagem pela ferrovia transmongoliana, nos obrigando a ficar esperando na estação de trem de Novosibirsk por muitas horas até o próximo trem chegar (e agradeço muito por não ter estado naquele maldito trem que se acidentou!). Posso dizer até que temos muita sorte, porque estivemos em Ko Phi Phi pouco antes do tsunami e já escapamos também por pouco de outras situações complicadas!

Mas o único grande susto da nossa vida de viajantes foi numa oportunidade em que o pequeno cortou o dedo andando de bicicleta em Gilli Island, um paraíso nos confins da Indonésia. Foi a única coisa realmente grave e assustadora que nos aconteceu, e justamente num lugar onde não haviam recursos na área de saúde, mas tudo terminou bem e temos certeza de que fomos mais bem atendidos do que se estivéssemos em casa, até porque sabemos que é muito mais comum uma criança cortar o dedo na bicicleta em casa do que em uma viagem, não é mesmo?!? Contamos num post essa história sobre planos de saúde para viagens em detalhe.

Viajavas mais vezes antes de teres filhos? Com que frequência viajas agora?

Por incrível que pareça, não! Antes de ter filho, eu tinha certeza que isso aconteceria (diminuir a frequência das viagens), porque viajávamos bastante antes do nascimento do Felipe, em 2009, mas, desde então, mantivemos o mesmo ritmo, uma média de 2 meses por ano viajando, mais feriados prolongados, finais de semana…sempre que podemos, estamos na estrada!

 O que acreditas que vai ficar mais a memória das crianças após uma viagem?

Tenho certeza que o que o nosso pequeno viajante mais curte em uma viagem é, como eu disse, o tempo que desfrutamos juntos, já que em casa estamos sempre correndo, trabalhando, e não passamos tanto tempo juntos como gostaríamos. Mas sei que ele também grava na memória as coisas, lugares, sabores e palavras que descobrimos quando estamos viajando.

Embora eu saiba que muita gente não acredita nisso, temos provas de que ele se recorda de palavras que aprendeu na China (ni hao) e na Índia (namastê); sabemos que ele lembra da Opera House de Sydney e das Torres Petronas de Kuala Lumpur, lembra da primeira vez que viu a neve, na Nova Zelândia, do nosso passeio de helicóptero, de alimentar as girafas em Christchurch e de passear de elefante no Laos; lembra também dos golfinhos rotadores de Fernando de Noronha, do banho que tomou nas Cataratas de Foz do Iguaçu e dos pinguins que viu em Auckland.

E, se ele não lembrar, temos muitas fotografias e filmagens para mostrar a ele! É inegável que estas viagens todas  também são para nós: vamos carregar para sempre na lembrança os momentos maravilhosos que passamos com o nosso pequeno viajante em todas elas!

Que dica ou conselhos podes partilhar com quem esteja a pensar em viajar com os filhos?

Primeiro, recomendo que a pessoa faça pequenas viagens, mais curtas, em lugares que lhe sejam confortáveis, para ir adquirindo confiança e experiência. Também, que se organize, leia sobre o assunto (nossos blogs estão aí para isso, não é?!), tire suas dúvidas. Ainda, que faça um bom seguro-saúde – ninguém quer usar, mas nunca se sabe quando se vai precisar, e tendo um bom plano, você pode viajar tranquilo!

Abuse dos benefícios que viajar com uma criança lhe dá: você quase sempre goza de prioridade nas filas, nos aeroportos; e tem acesso facilitado às pessoas, que são, de um modo geral, muito mais receptivas a quem viaja com crianças! Na mochila, leve um kit de primeiros socorros, com os medicamentos recomendados pelo pediatra dos seus filhos; um bom carrinho, DVD player com os filmes favoritos da criança, fita crepe, repelente de insetos, filtro solar e muita, mas MUITA paciência e energia! E lembre: em todo lugar existem crianças, então em todo lugar haverá comida adequada para crianças, leite, fraldas descartáveis e lencinhos umedecidos – relaxe e aproveite as suas férias em família!

Qual é o vosso próximo destino?

Como bons malucos por viagens que somos, já temos duas viagens marcadas: a primeira, para a serra e o litoral do Estado do Rio de Janeiro, visitando as cidades de Petrópolis, Paraty, Ilha Grande e Búzios; e a segunda para a Terra do Fogo, na Argentina, visitando Ushuaia, El Calafate (Glaciar Perito Moreno), El Chaltén (Cerro Fitz Roy) e o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile.

filipe voa em Prambanam
Pai ajuda o pequeno Viajante a voar

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Sobre Luísa Pinto

Deixei o emprego com que sonhara (fui jornalista do Público na redacção do Porto durante 14 anos) para realizar um outro sonho que falou mais alto que qualquer carreira profissional: o sonho de viajar pelo mundo em família. Foi durante o ano de 2012. Em 2014, criei o projeto Hotelandia para celebrar os bons exemplos da hotelaria portuguesa.

Comentários

  1. Claudia diz

    08.Jun.2013 em 02:26

    obrigada Luísa! esperamos a visita de vocês no Brasil! bjos

    Responder

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Luísa Pinto durante uma viagem em famíliaSou mãe, jornalista, viajante e a autora deste blog. Conheça-nos

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