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Famílias VagaMundos #6: Divine Shape

14.Jun.2013 By Luísa Pinto Deixe um comentário

Viajava muito mais quando não tinha filhos, mas não é porque agora tem um que deixou de o fazer. A culpa é da situação económica, que não está fácil para ninguém. A jornalista e blogger, conhecida como Divine Shape, até se aventurou a meter um bebé com menos de dois meses num carro para ir até Tras-os-Montes, e a coisa foi tão complicada que a família pensou que ela tinha uma depressão pós-parto. Hoje sabe que foram as hormonas, e que é normal um bebé chorar. Hoje, tem recordações nítidas de cada uma das viagens que fez com ele – e de como elas foram importantes para marcar o crescimento dele (largou o biberão, tomou banho de chuveiro pela primeira vez). E sabe que tem um filho sociável, que se adapta a todas as situações. Hoje, ela só queria poder viajar mais. “Quem me dera!”

Divine Shape

  • Idade 35 anos
  • Profissão jornalista
  • nº de filhos 1
  • idades 4
  • Destino de sonho talvez seja um cliché; e é provável que seja a escolha, porque na verdade não podemos ainda ir para lado nenhum. Acho que, como todos os pais, gostávamos de o levar à Disney (por acharmos que ele vai gostar, e às tantas não vai, não sei…)
  • Filme preferido desde que o vi, recentemente, passou a ser o Comer, Orar, Amar. Não sei se é o preferido de todos os tempos. Mas é o preferido dos filmes mais recentes 🙂
  • Livro de viagem preferido Não posso dizer que seja fã da literatura de viagens. Aliás, desde que o meu filho nasceu ainda não consegui voltar a ler um livro inteiro. O que não dispenso numa viagem mais longa são os guias da Lonely Planet.
  • Blog/Site Divine Shape
divinesantiago
Divine Shape e o filho em Santiago de Compostela, em 2011

Quando te falam em viajar com crianças, qual é a primeira coisa que te vem à cabeça?

Quem me dera! Há dois anos que não passamos férias fora da nossa zona de conforto (fora de casa ou da  casa de familiares). Se me fizesses a pergunta há uns três anos, eu diria: drama. Pensaria em sopas, leites, fraldas, muita roupa (quantas vezes por dia se irá sujar?), onde vai dormir, será que vai acordar muitas vezes de noite, será que vai gostar da comida… Agora não. O meu filho é super sociável, já estivemos com ele fora do país (Espanha) uns dois ou três dias, tinha ele dois anos, e não houve problemas nenhuns com a comida. Haja uma praça onde ele possa correr e um sítio que não seja a casa dele para almoços e jantares e ele é feliz.

O que achas que é o melhor de viajar com os filhos?

Estar com eles, vê-los descobrir o mundo e crescer. Perceber quais os detalhes que eles captam do que estão a ver pela primeira vez. Perceber como se vão modificando, adaptando, ficando maiores.

E o pior? Ou o mais difícil?

A logística, sobretudo quando são bebés. As birras (não sei bem até quando). O cansaço (deles e o nosso).

Qual foi a primeira viagem que fizeste com os teus filhos? Tinham que idades?

Depende do que considerarmos viagem. Tendo em conta que ele nasceu em novembro e que nesse ano decidimos passar o Natal em Trás-os-Montes, em casa da minha avó, posso dizer que foi uma bela de uma aventura… Dormiu na alcofa que levámos de casa e que instalámos em cima de duas cadeiras, num quarto onde não cabia mais nada, numa casa cheia de gente sempre a mandar palpites. Ele sempre chorou muito, não foi fácil adormecê-lo, todos tinham sugestões sobre qual devia ser o problema, eu só me queria deitar e dormir, no dia a seguir continuava a chorar (era o que ele fazia, chorar), mais palpites, as minhas hormonas aos saltos, choro, acabei com uma tia a sugerir que eu tinha depressão pós-parto.

No verão seguinte, ainda antes dele fazer um ano, fomos para o Alentejo. Apesar da viagem ser grande, não se aguentou nada mal. Mas depois ainda havia o stress de comer a horas certas, das sopas (sempre quis fazer sopa em vez de comprar, mesmo de férias), das sestas e do leite, que bebia antes de dormir e uma ou duas vezes durante a noite, por sorte lembramo-nos de levar uma banheira insuflável para lhe dar banho (a casa onde ficámos não tinha banheira).  Tentámos metê-lo numa piscina odiou, tentámos molhar-lhe os pés na água do mar, odiou. A areia, pelo contrário, era bastante atrativa.

No ano seguinte Alentejo outra vez, tinha um ano e meio, tudo mudou de figura. Compramos um dvd portátil para o entreter na viagem, que deu imenso jeito para o entreter também enquanto fazíamos a comida, por exemplo. Na altura morávamos numa casa bastante pequena, só o apartamento onde ficámos foi, para ele uma grande alegria. Correu, correu, correu pela casa fora, ficou tão cansado que (bendito apartamento) foi nessas férias que deixou de acordar a meio da noite para beber leite. Viu muitos Noddys, comeu de tudo, adorou a praia e a piscina. Big problem: dar-lhe banho. Em casa tomava sempre banho na banheira, nunca nos passou pela cabeça que o chuveiro pudesse ser um problema. Chegámos a comprar uma banheira insuflável, demasiado grande para a casa de banho, era uma enorme ginástica mas não houve opção, porque ele fugia do chuveiro e não havia quem o agarrasse.

Terceiro verão, dois anos e meio. Alentejo outra vez. Birras onde calhava, sobretudo no meio da rua. No último dia, antes de dormir, quis beber o leite na caneca. Dissemos que íamos dar o biberão ao filhote dos cavalinhos que costumavam estar à nossa porta, concordou. No dia seguinte, em casa, perguntou pelo biberão. Chorou, fizemos de conta que ligávamos para a mãe do cavalinho, acabou por se resignar.

Se estivermos a falar da primeira viagem para fora do país, foi a Espanha, a Santiago de Compostela, tinha ele quase três anos. Adorou a praça em frente à catedral, ouviu-nos comentar qualquer coisa a propósito da praça onde está a entrada “principal” que apenas abre em ano de Xacobeu, passou a dizer que queria ir ao “principal” para andar ali a correr. Encontrou um lápis de cera perdido na mochila, pintou no chão, fugia imenso, não parava quieto e em qualquer sítio que parássemos para comer davam-lhe guloseimas. Se comeres tudo dou-te um rebuçado, ou um sugo, ou chocolate, até um saquinho com bolachas lhe deram. Nem era preciso, ele comeu de tudo, não estranhou nada. Era apenas um bocado irrequieto. Julgo que em Espanha é assim que se sossegam as crianças mais arrebitadas 🙂

As viagens são programadas com muita antecedência? Quais são as prioridades no planeamento?

Quando viajámos, a preocupação dos primeiros anos foi ficar num apartamento em vez de um hotel por causa da logística que envolve um bebé. E levar roupa suficiente para todas as eventualidades dele se sujar (várias vezes por dia). Tivemos também em atenção o tempo e o horário das viagens, para respeitar os horários dele, e acho que isso se manteria agora. Pensaria se estará demasiado frio ou demasiado calor. Acho que pensaria também se o destino inclui aspetos de que ele possa gostar. Não se trata de condicionar as viagens aos gostos dele, até porque ele gosta de tudo, nem de fazer uma viagem para crianças, mas de perceber o que pode ser atrativo para ele.

Já viveste algum susto, já houve algum contratempo em viagem?

Não é susto, nem acho que se possa considerar contratempo, mas houve um big problem nas férias em que ele tinha um ano e meio, no Alentejo: dar-lhe banho. Em casa tomava sempre banho na banheira, nunca nos passou pela cabeça que o chuveiro pudesse ser um problema. Na casa onde ficámos não havia banheira, não nos preocupamos com o assunto. Mas ele fugia do chuveiro e não havia quem o apanhasse. A solução foi comprar uma banheira insuflável, demasiado grande para a casa de banho, era uma enorme ginástica mas não houve opção. Na praia, em conversa com um casal com uma menina da mesma idade, perguntaram-nos: “Tem tomado banho de chuveiro?” Pois, tem sido um problema… “Ah, nós fomos fazendo a experiência em casa”. Espertos. Nós não.

Em Santiago de Compostela tivemos um grande susto, sim. Praticamente não saímos da zona do casco antigo, onde é tudo pedonal, o que foi para ele a suprema alegria porque podia andar à vontade, correr e largar a mão. Num dos percursos largou a mão, começou a correr demasiado rápido, comecei a deixar de o ver no meio de tanta gente, quando dou por ela estávamos perto da zona onde circulavam carros, um deles entrou no centro histórico, ele a correr, eu a ver o carro, desato a correr, a gritar por ele desesperada, toda a gente a olhar para mim, felizmente não aconteceu nada.

Viajavas mais vezes antes de teres filhos? Com que frequência viajas agora?

Viajava. Mas não acho que seja por ter filhos, acho que é pela situação financeira do país e do orçamento familiar. Nos primeiros anos sim, foi uma opção nossa não ir para fora por causa da logística – as papas, as sopas, os iogurtes, as fraldas, o ter de fazer o leite a meio da noite. Preferimos não arriscar muito. A partir do ano passado, se pudéssemos, acho que já teríamos ido com ele para fora na boa. Neste momento não viajo com ele com frequência nenhuma.  Mas se pudesse viajava.

O que acreditas que vai ficar mais a memória das crianças após uma viagem?

Tudo. Passar dias inteiros com os dois pais é uma alegria para ele. Passear também, seja onde for. Almoçar e jantar fora igualmente. Ele é super curioso, gosta de descobrir, de falar com as pessoas, gosta de cidades, do campo e do mar. Ele começa agora a fixar as coisas e viajar é sempre uma experiência enriquecedora – pelas coisas novas que conheces, por fugires da tua zona de conforto, para te adaptares ao imprevisto, por tudo. Não sei ao certo o que lhe ficará na memória, mas tenho a certeza de que viajar deixa marcas para o futuro. Desperta-te a curiosidade, a vontade de conheceres coisas novas, de descobrir. Isso fica sempre, independente da memória concreta das coisas que viste.

Que dica ou conselhos podes partilhar com quem esteja a pensar em viajar com os filhos?

Não tenho grandes dicas, acho. A minha experiência de viagens não é suficiente para isso. Mas o maior conselho talvez seja: relaxem. Se não houver roupa suficiente lava-se em qualquer sítio e seca num instante. Eles são muito mais flexíveis e adaptáveis do que pensamos.

Qual é o vosso próximo destino?

Não temos nenhum planeado. Queríamos ir à Disney, mas numa idade em que tenhamos a certeza de que a experiência vai ficar na memória dele. Eu, pessoalmente, gostava de o levar a alguns sítios onde já estive e de que gostei: Barcelona, Paris, Picos da Europa (Espanha). Londres.

divine santiago 2
A zona pedonal trouxe a suprema alegria. Podia largar a mão, correr à vontade… e desenhar!

Arquivado em:Famílias Vagamundos

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Sobre Luísa Pinto

Deixei o emprego com que sonhara (fui jornalista do Público na redacção do Porto durante 14 anos) para realizar um outro sonho que falou mais alto que qualquer carreira profissional: o sonho de viajar pelo mundo em família. Foi durante o ano de 2012. Em 2014, criei o projeto Hotelandia para celebrar os bons exemplos da hotelaria portuguesa.

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