O tempo passa a correr quando estamos em viagem. Mas não passa menos rápido quando já estamos em casa, a reviver as memórias das paisagens e das experiências e a suspirar pelos amigos que fizemos. Já passou um ano. Também passou rápido de mais.
Demo-nos conta que, há um ano atrás, estávamos a viver o nosso último dia em viagem. Fomos atravessar a estrada das Florida Keys, em Miami. Uma espécie de final simbólico e apoteótico: a mítica estrada que serpenteia mar adentro centenas de quilómetros termina ali, numa espécie de praça com miradouro privilegiado para o pôr do sol. Nós também estávamos a chegar ao fim da estrada, e ao pôr do sol. Era o fim da nossa viagem à volta do mundo com a Pikitim. E como o velocidade é voraz e não há tempo a perder, um ano é uma boa data para marcar no calendário uma nova etapa. E avançar com algumas mudanças.
Em primeiro lugar, as mudanças visuais. Espero que gostem. E que se sintam bem nestas páginas.
Gostamos muito das mensagens que fomos recebendo ao longo deste ano, e de perceber que há tanta gente a pensar como nós. Famílias que acreditam que viajar com as crianças as ajuda a prioritizar as experiências sobre as coisas, as expõe ao mundo e às suas diferentes culturas, que é em viagem que nos permitimos usufruir do melhor tempo que podemos ter em família. Porque planear viagens também nos ajuda a ser melhores pais, faz-nos preparar para as contingências, nos obriga a ser mais pacientes, nos impele a procurar respostas para as mentes sempre inquisitivas dos mais pequenos.
Em segundo lugar, algum reforço de conteúdos. Não vamos abandonar por completo as memórias dessa nossa grande viagem, até porque ainda há muitas páginas do Diário da petiza para mostrar, e também muitas mais histórias para contar e memórias para arrumar. Mas vamos começar a falar das outras viagens que ainda queremos fazer e trazer cada vez mais exemplos para estas páginas de outras famílias viajantes que assumem, tal como nós, o espírito de VagaMundos.
Queremos viajar para longe, e queremos saber viajar melhor mesmo para mais perto, dentro das nossas fronteiras. Por isso, pretendemos começar a trazer para este espaço muitas dicas de alojamento, transporte, referências a locais de entretenimento e cultura, relatos de outras famílias.
Gostaríamos de vos ter desse lado para continuarmos a acreditar que vale a pena esta partilha.
Contámos convosco?
Isabel diz
Olá Luisa
Acompanhei a vossa viagem e como mãe tenho uma experiencia a partilhar.
Este ano rumamos em familia com o meu filho de 3 anos para Djerba, ficámos instalados num hotel 3 estrelas modesto.
O meu filho é uma criança muito “mexida”, conversador e simpático e gostava muito pouco de ficar quieto durante as refeições.
A verdade é que nunca senti que isso incomodasse as outras pessoas, mas numa bela noite á hora do jantar ele desata a correr pela sala de jantar e passa ao lado da mesa de uma alemã já de idade a passar os 80 anos.
Ela muito incomodada prende o braço do meu filho e aponta-lhe um garfo para o intimidar. Posso dizer que fiquei “louca” com aquele gesto, completamente injustificável porque o meu filho nem sequer tocou na dita “senhora”, também nunca imaginei que uma cena destas fosse possível acontecer.
Isto mostra que existe muita gente que não gosta de crianças nem tão pouco tolera a sua alegria contagiante.
Fiquei aturdida com a situação e não fosse estar numa ilha longe do meu país não me teria contido e teria apresentado queixa na polícia.
Foi uma situação muito desconfortável, já tinha viajado com o meu filho bebé aqui em Portugal e em espanha e nunca me havia deparado com algo assim.
enfim, às vezes não é fácil…
Luísa Pinto diz
Olá Isabel
Obrigada por partilhar essa história que, confesso, também a mim me deixaria “louca”. Nunca me aconteceu nada de semelhante, nem assisti a nada parecido. Mas, da sua experiência, sublinho um facto: já reparou que não foi um tunisino quem teve semelhante comportamento, mas antes uma senhora alemã que, claramente, deveria ter optado por procurar um retiro espiritual numa montanha recôndita, e não um hotel mais ou menos modesto numa ilha balnear… Não estamos livres de encontrar pessoas pouco sociais em qualquer parte do mundo. A verdade é que eu nunca encontrei. Felizmente. Sei é que há, muitas vezes, alguns preconceitos relativamente a culturas diferentes das nossas, mas, nesse caso, até foi de alguém com um cultura europeia, como a nossa, que nos surpreende pela negativa. Espero que esse episódio não a desmotive a continuar a procurar mostrar outras paisagens e outras culturas ao seu filho.
Marta diz
Olá Luísa parabéns pelo blog e espero que continue a partilhar muito mais experiências e ideias de como podemos mostrar o mundo aos nossos filhos. Bjs Marta
Sandra Andreso diz
Parabéns Luísa pelo blog – e ao papá pelo outro blog. 😉
Sigo-vos diariamente, sempre na ansia de saber novidades e conhecer relativos de outras familias.
Eu e o meu marido felizmente já temos na bagagem muitas (e boas) viagens, mas desde que a Francisca nasceu, abrandamos um pouco – principalmente por questões financeiras. Felizmente agora voltamos a retoma-las e desde há cerca de 3 anos que vamos conseguindo passear, dentro e fora. Temos como objetivo mostrar a vida fora da nossa casa e tentamos visitar pelo menos uma cidade por ano. Este ano conseguimos duas – Sevilha e Londres! Weeeeee!
Ela adora viajar, o ambiente de hoteis, aeroportos, o corre-corre nas ruas, apreciar as pessoas e seus costumes… Costumo dizer que já está nos genes!
Agora estamos a preparar a próxima viajem – em princípio a Paris, no fds de Carnaval – ela está no 3º ano do 1º ciclo, ano bastante exigente, pelo que procuramos os dias livres de férias para não faltar às aulas.
Bjocas grandes e vamos nos ‘vendo’ aqui e no FB!