É um clássico: ir à internet procurar desenhos para imprimir e colorir. Perdi a conta às vezes que já fiz isso e continuo a fazer. Numa dessas deambulações pela rede, quando faltavam poucos meses para se iniciar a nossa viagem de volta ao mundo, a pesquisa de desenhos fez-me tropeçar num outro conceito que haveria de melhorar, ainda mais, a minha já saudável relação com documentos “on-line”, ou que se guardam “nas nuvens” – a terminologia é excelente, mas a explicação técnica é um bocadinho mais complicada. Foi quando descobri os “Dressy Cats”, gatinhos para imprimir, colorir, recortar e montar, e que se tornaram amigos de muitas brincadeiras em muitos pontos do globo.
Experimentámos fazê-los ainda em casa. Imprimir, colorir, recortar, colar. E brincar. Passei a ser adepta assumida dos printable toys, magnífica invenção: não pesam nada e não ocupam quase nenhum espaço! Felizmente, a Pikitim, também, já que passou com eles largas horas de entretenimento. Estes brinquedos são de papel, é certo, e por isso são frágeis. Amassavam-se, molhavam-se, desapareciam. Mas também não é difícil mandar imprimir uns novos, reciclando os que já existiam.
Os gatinhos vestidos ganharam nome e ganharam vida nos dedinhos da Pikitim, que se divertiu a fazer-lhes vários cenários – só o tapete para os gatinhos dormirem, e os dois recipientes de comida é que se mantiveram sempre, em todos os cenários. Mas nas Filipinas eles tinham uma casa com piscina, na Nova Zelândia viviam na montanha, e nas Fiji iam fazer piqueniques na praia.
Mas o que verdadeiramente me encantou na descoberta destes Dressy Cats foi a Pikitim ter-se inspirado neles para criar os seus próprios bonecos e personagens. E foi instantâneo: da primeira vez que se lembrou e não havia impressora por perto, resolveu logo o problema. “Não faz mal. Eu desenho os gatinhos”. E assim fez.
Passou a ser assim. Ela desenhava gatos, girafas, cães e coelhos (curiosamente, nunca desenhava pessoas; para fazer de meninas e meninos usava as Polly Pockets ou outros bonecos que lhe aparecessem), e depois inventava histórias. E era com estes brinquedos made by Pikitim que ela tornava mais curtas as largas horas de espera num aeroporto, ou numa viagem de autocarro.
E depois já não eram só personagens para ela brincar. Passaram a ser marcadores de livros para mandar a todos e a cada um dos coleguinhas de escola.
Eu sou daquelas mães que não tem jeitinho mesmo nenhum para desenhar, pintar, fazer qualquer tipo de manualidade que exija um mínimo de concentração e perícia. Mas obviamente que me aventurava a inventar personagens e a fazer jogos, e a reaproveitar material que íamos recolhendo para inventar personagens e brinquedos. Tomei-lhe o gosto. Nas Filipinas não nos escapava um rolo vazio de papel higiénico, que depois transformávamos em borboletas, sempre que podíamos.
A internet continua a ser a nossa maior fonte de descobertas. Há muitos sites e blogues sugestões de atividades para crianças. Alguns dos meus favoritos são o Hand Made Kids Art , o Indirect Observations, o Freshly Planted e o My How to Draw.
Quais são os vossos sites preferidos? Onde se inspiram para descobrir atividades com crianças?
Adriana Pasello | Diário de Viagem diz
A-do-rei e vou acessar os blogs indicados!
Luísa Pinto diz
Olá Adriana!
Se entretanto encontrar mais links que valham a pena, partilhe aqui!
Sandra diz
E mais uma dica da Pikitim a caminhar para os favoritos 🙂 Tenho cá para mim que no futuro vai-me ser muito útil 😉
adriana diz
a ver se me organizo….(o m. frequenta a escola da i. e tem uma prima na mesma sala dela, daí conhecer o vosso projeto) . estamosdesde outubro na suiça não sabemos bem até quando o que também não interessa nada para o caso…a fazer as malas, trouxemos uma mala grande e cada um uma pequena pelo ar mais um caixote com computador e mantas por terra. http://umademim.blogspot.ch/2012/10/basel-1.html
depois começamos a decoarar a casa vazia .
http://umademim.blogspot.ch/2012/10/aos-poucos.html
fizemos quase uma escola em casa….trouxemos material estratégico e que ocupasse pouco espaço na mala mas permitisse mil e uma utilidades: haveria sempre muito cartão, material dos consumíveis do dia a dia, tampas de garrafas, embalagens de iogurtes ( que me permitiram fazer jogos com números por exemplo, a cada embalagem um número, depois jogos vários muitos por registar)…conhecíamos o by joel e temos um rol de sites e blogues onde “roubamos” ideias, que ainda está por organizar porque por vezes surge ao sabor do vento…
ja fizemos oriamis
http://umademim.blogspot.ch/2012/10/as-cartas.html
uma roda dos alimentos
http://umademim.blogspot.ch/2012/10/de-comer.html
os playmobil os brinquedos portáteis favoritos
http://umademim.blogspot.ch/2012/12/brincar.html
já pintamos com café e com sumo de romã
combianmso cocós e letras
http://umademim.blogspot.ch/2013/01/combinar-letras-e-cocos.html
usamos muito cartão
http://umademim.blogspot.ch/search?updated-max=2012-12-11T14:23:00Z&max-results=30
http://umademim.blogspot.ch/2012/11/brinquedos-novos.html
http://umademim.blogspot.ch/2012/09/em-construcao.html
http://umademim.blogspot.ch/2012/09/metro-cubico.html
e agora que passeie um bocadinho por aquilo que registei descansei mais um pouco os dias caóticos em que me sinto motor de não sei bem o quê…..
até breve
Luísa Pinto diz
Olá “Uma de mim”
Já tinha ouvido falar da vossa viagem pela educadora do M. – que foi a educadora da Pikitim, o ano passado. Desejo que tudo, mas mesmo tudo, vos corra pelo melhor. Fiquei deliciada ao ver tanto empenho – e tanto talento – nessas actividades criativas! Elas fazem, de facto, “milagres” pelo desenvolvimento dos nossos filhos (para além de que os mantém saudavelmente ocupados, também 🙂 )
A Pikitim passava ao tempo a pensar nas cartas e desenhos que ia enviar para a escola – aquela instituição, os professores, os amiguinhos, os auxiliares… é de facto, marcante.
Vou passar mais vezes pelo seu blog para acompanhar essa grande aventura.
E inspirar-me, também, para novas atividades!
Um beijinho
PS- “motor de não sei bem o que”??? Eu tenho um palpite: o motor da alegria familiar, o saber que os filhos estão bem, e isso deixa-nos bem. É um papel exigente, sem dúvida.