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Você está aqui: Home / Volta ao Mundo / O mundo olhado por uma menina de cinco anos

O mundo olhado por uma menina de cinco anos

16.Jul.2012 By Luísa Pinto 2 Comentários

Quando, no dia 6 de janeiro, entrou no avião para fazer sua primeira viagem intercontinental, Inês, uma menina que não tinha feito ainda cinco anos, levava em sua mochila muitos livros, alguns brinquedos e uma carta com beijinhos de todos os amigos da escola. Ia animada porque ia “descobrir o mundo e viver aventuras”, como cantava a música do Tom Sawyer, e porque ia estar sempre com o pai e com a mãe.

Os pais decidiram dar um tempo na vida que tinham em Portugal, para passar um ano viajando, ainda antes de Inês entrar na escola primária, lhe mostrar como o mundo é grande, diverso e lindo; como as pessoas são diferentes, vestem e falam de maneira distinta e são quase sempre boas.

Nesses últimos seis meses Inês já passou por Singapura, Tailândia, Malásia, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia. Nesse momento, está fazendo as últimas descobertas num arquipélago do Pacífico, a Nova Caledónia. Já viajou de barco, de trem, de ônibus, de bicicleta, de moto, de táxi, de carro, de tudo o que tem motor e a gente consiga imaginar. Também já dormiu em tudo quanto é sítio – casas na árvore e sobre a água, em trens, em caravanas, e pousadinhas e houve até uma vez em que passou a noite no aeroporto! Tem tido muita aventuras e, mais importante ainda, tem conseguido fazer novos amigos. E está a aprender a falar inglês.

Parece muita coisa para uma menina de cinco anos levar na bagagem? A sua mochila não tem aumentado de tamanho, mas o seu coração tem ficado bem mais preenchido e sua memória repleta de boas recordações. A Pikitim (era assim que os pais a chamavam quando era bebê) está crescendo muito, em tamanho e em conhecimento. Tem um diário onde está desenhando todos esses os momentos, para mais tarde recordar, e para mostrar aos amigos quando chegar a Portugal.  Metade da viagem já passou, e ela já atravessou meio mundo. E o melhor é que ainda falta a outra metade.

 

Momentos marcantes

 

  1. Pé de feijão mágico (Langkawi, Malásia)
Langkawi, Malásia
Langkawi, Malásia

Quando olhou para o teleférico na ilha de Langkawi, na Malásia, a Pikitim pensou que aquelas cadeirinhas penduradas nuns fios bem grossos poderiam ser como o pé de feijão mágico que o João plantou nas traseiras do quintal. O teleférico nos leva até à segunda montanha mais alta da ilha e, lá do cimo, não é só a vista para toda a baía que é magnífica. Tem também uma ponte suspensa no ar que chega a dar a impressão que nós estamos mesmo passeando por cima das nuvens, tal como fez o menino da história quando trepou no pé de feijão. A Pikitim andou por lá, mas não encontrou nenhum ogre nem a galinha dos ovos de ouro. Em todo o caso, pensou que estar passeando nas nuvens, de mãos dadas como uma amiga que tinha acabado de conhecer, era o melhor dos tesouros que poderia encontrar.

 

  1. Olha o Nemo (Bacuit, Filipinas)
Ilhota no arquipélago Bacuit, ao largo de Palawan, Filipinas
Ilhota no arquipélago Bacuit, ao largo de Palawan, Filipinas

A Pikitim aprendeu a fazer snorkelling numa ilha da Tailândia bem bonita – a ilha Phi Phi, já ouviu falar? Mas foi já no norte da ilha de Palawan, nas Filipinas, que ela ficou bem contente por já saber nadar sozinha (sozinha, sozinha não, que no alto mar é sempre mais seguro contar com a ajuda de uns flutuadores de braço) e ter encontrado dois peixes-palhaço bem bonitinhos para mostrar aos pais. A Pikitim não teve dúvidas que esses peixes que ela viu no arquipélago de Bacuit eram o Nemo e seu pai – vai ver que eles decidiram sair da Austrália e viajaram até às Filipinas. Lá é tudo bem mais tranquilo do que na Grande Barreira de Coral.

 

  1. Monstros à solta (Bali, Indonésia)
A Pikitim posando junto a um Ogoh-Ogoh em Ubud, Bali
A Pikitim posando junto a um Ogoh-Ogoh em Ubud, Bali

Uma vez no ano há uma ilha no meio da Indonésia que fecha para balanço. Sim, em toda a ilha não há movimento, não há carros, não há músicas nem gargalhadas. Só há silêncio. Por sorte, no dia anterior fazem uma festa que nem Carnaval: cada família, ou cada bairro faz o seu Ogoh-ogoh (é o nome dos espíritos e quanto mais feios, melhor!) e levam eles para a rua a desfilar. Toda a ilha de Bali fica lotada, com o povo na rua, chamando os monstros maus para depois os enxotar para bem longe – queimando toda a bonecada na fogueira. E depois há silêncio, para todo o mundo fazer um balanço do que fez de bom e de mau nesse ano. A Pikitim não gostou do Dia do Silêncio, e ter que ficar demasiado quieta o dia todo. Mas adorou o desfile dos Ogoh-ogoh!

 

  1. Dar de comer a golfinhos (Monkey Mia, Austrália)
A Pikitim em Monkey Mia, Austrália
A Pikitim em Monkey Mia, Austrália

Todos os dias, há um grupo de golfinhos silvestresque vem até bem perto da praia de Monkey Mia, na costa oeste da Austrália. Desde que um pescador começou, há dezenas de anos, a dar comida na boca a esses simpáticos animais, que eles se habituaram a isso e continuam vindo. Primeiro vinham os avós golfinhos, agora já vêm os netos. A praia foi transformada em reserva marinha, até porque ninguém quer que os golfinhos silvestres deixem de ser isso mesmo, silvestres. A praia já estava sendo boa, com muitos pelicanos e emas no areal, e tartarugas e pequenas raias na praia. Mas quando os golfinhos chegaram, a Pikitim teve a sorte de ser uma das escolhidas para levar o peixe na boca do golfinho. Não vai dar para esquecer o bom que foi.

 

  1. A Natureza da Nova Zelândia
Lago Matheson, ilha Sul da Nova Zelândia
Lago Matheson, ilha Sul da Nova Zelândia

Tem um país em que a Natureza foi tão caprichada que chega a doer de tão bonito: a Nova Zelândia. Tudo parece ser um cenário perfeito, daquele que a gente fabrica com um programa de computador: a montanha bem bicudinha com neve lá no alto, e lagos tão límpidos e cristalinos que fazem reflexo de toda essa beleza. Tudo é verde e ar puro. Os céus têm muitas cores e há arco-íris quase todos os dias. As praias são lindas, há florestas luxuriantes e árvores centenárias gigantes. E as surpresas estão por todo o lado: tem rochas que fazem camadas como as panquecas, e num dia frio de Inverno podemos ir para a praia escavar na areia a nossa própria piscina de água quente. É tudo tão bom que a Pikitim disse que, se não fizesse tanto frio e falassem português, ela gostaria de morar na Nova Zelândia.

 

Nota: versão não editada do trabalho publicado no suplemento juvenil Folhinha do jornal Folha de São Paulo.

Arquivado em:Volta ao Mundo Marcados com:Austrália, balanço, Filipinas, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia

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Sobre Luísa Pinto

Deixei o emprego com que sonhara (fui jornalista do Público na redacção do Porto durante 14 anos) para realizar um outro sonho que falou mais alto que qualquer carreira profissional: o sonho de viajar pelo mundo em família. Foi durante o ano de 2012. Em 2014, criei o projeto Hotelandia para celebrar os bons exemplos da hotelaria portuguesa.

Comentários

  1. Jorge Montez diz

    17.Jul.2012 em 12:43

    Tenho acompanhado a aventura da Pikitim desde o início. É bonito vê-la crescer pelas palavras da mãe. Parabéns pelo blog e por este artigo.

    Responder
    • Luísa Pinto diz

      20.Jul.2012 em 03:55

      Obrigado, Jorge. É isso aí: há tanto mundo para ver e conhecer!

      Responder

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