Não me enganei a escrever o nome. Desta vez não estou a falar da Pikitim. Pikinini significa «crianças» em bichlamar, uma das línguas veiculares e oficiais, a par do inglês e do francês, do Vanuatu, um arquipélago soberano da Melanésia, no meio do oceano pacífico. Uma feliz coincidência, esta proximidade de vocábulos, assim como foi uma feliz coincidência ter conhecido Susana Vieira Ramos, a autora da exposição de fotografia que inaugura na próxima quarta feira (5 de fevereiro) na Casa Municipal da Juventude de Aveiro.
A exposição “Pikinini do Vanuatu – ao Encontro da felicidade” vai estar patente ao público até ao dia 26 de Fevereiro, com entrada gratuita, e é uma boa forma de conhecer “o modo de vida de crianças de um dos países mais pobres do mundo que, paradoxalmente, é também um dos lugares onde se é mais feliz”. Não é só uma impressão que se tem. Está confirmada pelo Happy Planet Index, que considera Vanuatu um dos locais mais felizes do mundo, dada a sua capacidade em converter os recursos naturais em vidas longas e felizes para os seus cidadãos.
Nós também fomos felizes em Vanuatu. Não me canso de repetir que foi uma das experiências mais marcantes que vivemos numa viagem que, felizmente, e em jeito de balanço, esteve recheada de momentos altos. Foi em Vanuatu, e nas brincadeiras com os meninos de Lelepa, uma das ilhas daquele arquipélago, e também em Tanna, onde convivemos com meninos “vestidos com roupa da Natureza” como dizia a Pikitim, que a vimos solta e feliz e brincar de tudo com os meninos que não tinham nada.
Para vos abrir o apetite, vamos publicar aqui apenas quatro das 50 fotos que a Susana vai mostrar na sua exposição.
Falta apenas referir a feliz coincidência que nos permitiu conhecer a Susana. Foi na Nova Caledónia, quando o nosso anfitrião mexicano, e que nos acolheu de braços abertos, se lembrou que já tinha conhecido um outro casal de portugueses a viver naquela ilha: “Temos de jantar todos juntos!”. E assim foi. Jesus, o nosso mais-do-que-simpatico anfitrião foi um dos entrevistados da Susana no seu projeto Gens du bout du monde (Gentes do fim do mundo ). Ficamos a conhecer esta pulsão da Susana em documentar e em contar histórias dos “deslocados” que, tal como ela, foram parar àquelas ilhas do fim do mundo, bem como a de fazer retratos dos habitantes daqueles remotos arquipélagos. As fotos do Vanuatu foram tiradas nas ilhas Efaté, Tanna, Espiritu Santo e Epi.
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