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Planear é bom, planear tudo nem por isso

14.Jan.2013 By Luísa Pinto Deixe um comentário

Até que detalhe devemos ir quando estamos a fazer o planeamento de uma viagem? É comummente aceite que as viagens devem ser planeadas, para evitar surpresas desagradáveis – chegar à porta de um museu no dia da semana em que ele está fechado, ou reservar o último dia de alojamento numa ilha para uma noite depois da partida do único ferry semanal.

Mas eu defendo que não devem ser demasiado planeadas. Caso contrário, corremos o risco de não deixarmos espaço para sermos surpreendidos, para nos limitarmos a apreciar demoradamente uma paisagem e as suas comunidades. E, afinal, não é para isso que nós viajamos?

Este pensamento surgiu-me quando estava a ultimar a edição de um pequeno apontamento de vídeo sobre os dez dias que passamos numa pequena ilha indonésia, junto a Lombok. Lembrei-me de como nos deixamos levar pela boa disposição e pelo improviso, e nos fomos deixando ficar. E como soube bem não termos reservas pagas nem compromissos estabelecidos, pelo que nos permitimos, simplesmente, a ir ficando.

Estou a falar da ilha Gili Air, situada junto a Lombok, no arquipélago central da Indonésia. Das três Gili, escolhemos a Air, por não ser tão popular e desenvolvida como a Gili Trawagan, nem tão minúscula como a Gili Meno.

O pai da Pikitim tinha acabado de chegar do Irão (onde foi realizar mais uma edição da viagem Segredos da Pérsia) e nós queríamos matar as saudades de três semanas de afastamento. Desde que o pai chegou, e até ao dia em que tínhamos de apanhar no aeroporto de Bali o voo para Perth, na Austrália, tínhamos à nossa disposição cerca de dez dias. Eu e a Pikitim tínhamos esperado por ele em Bali – a maior parte do tempo na fantástica Ubud, e depois uns dias em Sanur.

A nossa ideia inicial era, mal o pai chegasse, apanhar uma lancha rápida desde Bali até Gili Air e aproveitarmos por lá três dias, antes de seguirmos para Lombok, ali perto, ou até aventurarmo-nos para Sulawesi (tínhamos Tona Toranja debaixo de olho) ou Flores.

Mas chegamos às Gili e vimos as “cabaninhas com telhado até ao chão” que havíamos reservado uns dias antes (algo parecidas com as de Santana, na Madeira) e ficamos rendidos.

A ilha de Gili Air resume-se a uma estrada à volta de toda a ilha, e umas estradas interiores que a dividem entre Norte Sul, este e oeste e pouco mais. Sem um metro de alcatrão. As estradas são percorridas a pé, de bicicleta e de carroça. A maioria dos alojamentos turísticos estão junto à costa, e há bungalows e resorts para várias bolsas e gostos – mas todos eles muito baratos quando comparados com outras geografias. Por cerca de 30 euros por noite fica toda uma família muito bem alojada, e com direito a pequeno almoço de luxo.

Nós ficamos no Chill Out Bungalows, que tem infraestruturas junta à praia, mas também mais no interior da ilha, junto às instalações onde repousam os funcionários. E que ficam mais baratas porque estão a 400 metros da praia – e essa é razão suficiente para o bungalow “desvalorizar”. Pois no nosso caso funciona precisamente ao contrário. Estávamos igualmente muito bem acomodados, e mais perto dos habitantes da aldeia, com mais possibilidade de os conhecer.

Bungalows nas Gili Air
O entardecer à porta do quarto na ilha de Gili Air@Filipe Morato Gomes

A Gili Air também é um óptimo ponto de paragem para quem gosta de comer peixe, do fresco e do bom, como nós. E sem ser aos preços bem mais exorbitantes que cobravam nas estâncias de veraneio de Bali, como em Jimbaram, onde os preços do marisco e do peixe eram praticamente europeus. Como há menos turistas, os preços são mais aceitáveis em Gili Air. Descobrimos um restaurante de beira de estrada – não era o mais “in” da ilha mas tinha, com certeza, o melhor ambiente para estar com uma criança, com o staff a esbanjá-la de atenção e a dar-lhe música, literalmente, a toda a hora.

A Pikitim ficou “amiga” daqueles rapazes, que tinham os pais espalhados pelo arquipélago indonésio (um era de Lombok, outro das Flores, outro de Bali) e que sonhavam conhecer a Europa, ou emigrar para a Austrália. Para já, ficavam por ali, onde o dono do restaurante Sassak lhes deu um emprego e são felizes. E nós, todas as noites, vivíamos com eles. Comíamos o peixinho, e ficávamos a ver tocar e a cantar, como se estivéssemos à roda de uma fogueira, até a Pikitim parar de resistir e admitir que já eram horas de se ir deitar. E lá íamos nós, sob a luz das estrelas e com a lanterna a apontar o caminho, para ouvir o marulhar e o silêncio da noite.

Resumindo. Nós gostamos daquela gente. Não nos apeteceu sair de lá.

E porquê andar a correr para ver mais isto e mais aquilo, se não nos damos a oportunidade de aproveitar para viver, de facto, nos sítios por onde estamos a passar? Aproveitar para abrandar o ritmo, conhecer melhor as pessoas, participar o mais possível no dia a dia das suas comunidades. Para mim esta é uma das vantagens mais evidentes de não planear demasiado. Neste caso, e como ainda não tínhamos compromissos, nem reservas, nem nada marcado em outros locais, simplesmente optámos por ficar.

Com que flexibilidade planeiam as vossas viagens? Já vos aconteceu passar por um sítio e pura e simplesmente querer prolongar a estadia? Puderam fazê-lo?

 

Arquivado em:Viajar Marcados com:Indonésia

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Sobre Luísa Pinto

Deixei o emprego com que sonhara (fui jornalista do Público na redacção do Porto durante 14 anos) para realizar um outro sonho que falou mais alto que qualquer carreira profissional: o sonho de viajar pelo mundo em família. Foi durante o ano de 2012. Em 2014, criei o projeto Hotelandia para celebrar os bons exemplos da hotelaria portuguesa.

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