Não há uma razão específica para viajarmos. É como se algo nos impelisse a gastar o nosso dinheiro em viagens, em vez de bens materiais.
Viajamos para viver experiências. Fugir da “zona de conforto”, não ter rotinas enfadonhas, vivenciar coisas novas, provar novos sabores, desafiar os teus limites. Boas ou más, são as experiências novas que nos marcam para todo o sempre. Seja avistar Machu Picchu pela primeira vez, mergulhar nas raízes do templo Ta Prohm, caminhar pela Grande Muralha da China, fazer skydiving num lago da Nova Zelândia, assistir a um pôr-do-sol em Bagan ou, simplesmente, jantar em casa de desconhecidos.
Viajamos para conhecer gente boa. É espantoso como o mundo está povoado de gente genuinamente boa e hospitaleira, especialmente em destinos tidos como “perigosos” como o Irão e todo o Médio Oriente em geral. São as pessoas com quem nos cruzamos na estrada que ficam na memória. São elas uma das grandes riquezas de uma viagem.
Viajamos para trabalhar. O Filipe há muito que faz das viagens a sua vida e profissão; a Luísa abandonou em Portugal um lugar de jornalista sénior na área da economia para abraçar o mundo das viagens. Ainda assim, mais do que viajar para viver, vivemos para viajar.
Viajamos para crescermos em família. No nosso projecto actual, incluímos a nossa filha de cinco anos, porque acreditamos que “dar-lhe mundo” será benéfico para o seu crescimento. Talvez cresça mais tolerante, de horizontes alargados, uma cidadã do mundo sem preconceitos nem fronteiras. E o momento tinha de ser agora, antes de completar 6 anos e, com isso, a chegada do primeiro ciclo de escolaridade.
Viajamos, enfim, para sermos felizes. Não saberíamos viver sem viagens. O mundo está aí, cada vez mais acessível, e projectos de viagens futuras é coisa que não nos falta. Precisamos das viagens para sermos felizes. Ou, talvez esteja tudo resumido numa frase do turismo neozelandês, país de onde escrevemos estas linhas: “Life’s a journey…take the scenic route”. É isso. Porque a viagem vale sempre a pena.
sandra diz
adorava ter coragem para deitar tudo para trás das costas e ir porque estou farta disto… mas vou indo através dos vossos olhos.
Ana diz
…É deveras muito reconfortante ler todas as vossas crónicas…. sobretudo quando se tem precisamente esta “maneira de viajar pela vida fora”, esta forma de procurar e de “se” encontrar, na qual se esperam todas as experiências de braços abertos, em que se tenta dar mais do que se espera receber… e no final, tenho a certeza que… a sensação é a de receber muito mais do que se dá. Um grande abraço para vocês!!… e o meu desejo de continuação de excelentes viagens…