O Rui Tavares Guedes, editor da revista Visão Vida & Viagens, desafiou-nos a escrever um pequeno texto subordinado ao mote “Porque viajamos”, para a edição deste mês de julho, a propósito desta volta ao mundo em família. Aqui está o nosso contributo.
Os corais estão mortos nas ilhas Gili
O que se passa nas Gili não é caso único. Em várias zonas do globo, os recifes de coral, base para riquíssimos ecossistemas marinhos, vão definhando. Mas, nas ilhas Gili, ao largo de Lombok, a situação chega a ser chocante. Os corais estão quase todos partidos, destruídos, mortos. Fazer snorkelling nas Gili é como participar num velório subaquático.
Um alerta de tsunami visto por mãe e pai
11 de abril de 2012. Um violento sismo (mais um!) ocorre ao largo de Banda Aceh, na Indonésia, numa espécie de réplica atrasada do maremoto ocorrido em dezembro de 2004. Mais precavidas que então, as autoridades lançam um alerta de tsunami para evitar a repetição da tragédia. Este é o relato dessas horas de incerteza, vividas de forma distinta pela mãe (angustiada pela possibilidade da filha ver o que ela viu em 2004) e pelo pai (que, estando longe, se sentia impotente para ajudar a ter a sua família em segurança).
Makeover
Durante a estadia em Kuala Lumpur, decidimos assistir a um concerto da Orquestra Filarmónica da Malásia, na magnífica sala Dewan Filharmonik Petronas. Queríamos proporcionar uma nova experiência à Pikitim, mas havia um pequeno problema: não tínhamos roupa condizente com o dress code do espetáculo: smart casual.
Angústias
As questões relacionadas com a saúde são as que mais limitam a decisão de viajar com uma criança de tenra idade. “E se o meu filho adoecer, longe de tudo?”. A impotência perante uma criança prostrada na cama a arder de febre, longe de casa, é ainda mais angustiante do que quando isso acontece em casa. Nada de novo. Mas é um facto com o qual nós, que conscientemente decidimos viajar com a nossa filha, tivemos de lidar cedo nesta viagem.