Estávamos habituados a que recorresse ao pai ou à mãe quando queria dizer alguma coisa a alguém que não falasse português. “Diz ao senhor que eu não gosto de comida picante”; “olha, podias pedir à mãe daquele menino que o deixe vir sentar-se ao meu lado?”; “conta à Valérie que o meu primeiro dente caiu quando estava a comer melancia e que eu nem dei por nada!”. Os exemplos eram diários. Foi, por isso, uma surpresa para nós (e uma alegria também) quando nos apercebemos que, uns meses de estrada depois, a Pikitim começava a experimentar outras línguas e a adequar o parco vocabulário que foi aprendendo para cumprir as suas necessidades comunicativas.
Uma missa de domingo, nas Fiji
O padre destacava-se pelo cabeção e pelo sulu branco – era o único que trazia “saias” daquela cor -, e não pelo lugar que ocupou atrás do altar improvisado, num descampado na ilha Nakula, até porque foram muitos o que a eles subiram. Um domingo nas Fiji significa uma passagem pela missa. “É uma festa, não é?”, sintetizou a Pikitim.
De cargueiro até às Yasawas à procura de mantas
Da ilha Tavewa avistava-se um dos cenários da célebre Lagoa Azul, onde 30 anos depois do filme a abundância da vida marinha continua a deslumbrar. Da pequena ilha Drawaqa bastavam umas braçadas para avistar as mantas no seu “voo” diário pelo canal defronte do nosso bungalow. Estávamos no arquipélago das Yasawas, onde chegamos ao estilo verdadeiramente fijiano: de cargueiro.
Chegada açucarada às ilhas Fiji
O comboio que transporta a cana-de-açúcar acabada de apanhar foi a primeira visão que a Pikitim teve das ilhas Fiji. Foi na “estrada da rainha”, a caminho de Viseisei, onde passamos as primeiras noites no arquipélago. As Fiji são muito mais que praias paradisíacas e resorts topo de gama. São um país de gente alegre e hospitaleira. E de várias etnias. As canas-de-açúcar foram um bom presságio.